Sábado, 5 dez 2009 - 08h19
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, divulgou na última quinta-feira (3/12), um relatório onde analisa as condições atmosféricas na região do sistema Itaipu, no dia em que ocorreu o "apagão". De acordo com o relatório, a probabilidade de que uma descarga tenha atingido cada uma das cinco linhas de transmissão próximas à Itaberá, em SP, é inferior a 15% para descargas fracas.
Clique para ampliar O relatório não cita se as descargas que ocorreram no dia 10 de novembro são capazes de provocar danos nos sistemas de transmissão, mas o instituto classifica como "fracas" as descargas ocorridas, com intensidade de até 25 kA (kiloamperes ou 25 mil amperes). Para descargas com intensidade acima deste valor as probabilidades são praticamente nulas. O estudo mostra que na tarde do dia 10, algumas horas antes da interrupção do fornecimento de energia, os sensores registraram que as linhas de transmissão do sistema Itaipu foram atingidas diversas vezes por descargas com intensidades superiores a 50 kA, mas no horário da interrupção da energia, às 22h13, as descargas haviam diminuído consideravelmente.
Clique para ampliar Uma análise mais detalhada mostrou que entre 22h10 e 22h16 - hora do blecaute - não ocorreram raios diretamente sobre as linhas de transmissão. Naquele instante as descargas mais próximas foram detectadas a mais de 9.2 km de uma das linhas de alta-tensão de 600 kV e a mais de 30 km da subestação de Itaberá, apontados como a causa do acidente. Ainda assim, as descargas foram de baixa intensidade, menores que 16 kA.
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