Sexta-feira, 28 abr 2017 - 09h00
Imagem de radar mostra detalhes da falha de San Andreas
A crosta terrestre é uma coleção de placas individuais repletas de rachaduras que vagam sem rumo há milhões de anos. Sobre elas estão assentadas todas as cidades, árvores, cadeias de montanhas, rios e oceanos, que junto com elas também estão à deriva. Constantemente essas placas se tocam, se afastam ou mergulham uma abaixo da outra, produzindo violentos terremotos que chacoalham as cidades que repousam sobre elas.
![]() Falha de San Andreas vista pelo instrumento UAVSAR, a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa. A cena mostra o reservatório de Crystal Springs, assentado entre as placas tectônicas do Pacífico e América do Norte. A costa oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico. Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.
A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.
A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.
Conheça as falhas geológicas do Brasil
LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2023
"Às vezes, quando pensamos caçar, nós é que estamos sendo caçados" - Provérbio espanhol -