Quinta-feira, 7 set 2017 - 09h28
Por Rogério Leite
Na manhã de quarta-feira o Sol produziu um dos mais intensos flares solares já observados. A intensidade da descarga foi tão elevada que cegou momentaneamente o sensor a bordo de um satélite de observação e injetou na atmosfera da Terra uma potência equivalente a 10 usinas de Itaipu.
Flare solar X9.3 registrado pelo satélite SDO, da NASA. A emissão foi tão intensa que cegou momentâneamente o sensor a bordo do observatório. O flare, de magnitude X9.3, ocorreu às 09h01 BRT de quarta-feira, 6 de setembro, e foi provocado pelo rompimento do campo magnético ao redor da Região Ativa AR2673, uma mancha solar de quase 3 bilhões de km2 de área que está apontada para a Terra. Grupos de manchas do tipo "beta-gama-delta" têm campo magnético tão complexo que é impossível observar linhas de fluxo conectando duas manchas de polaridade oposta. Flares originados nesse tipo de região ativa atingem facilmente as classes M ou X.
Logo após o evento foram observados blecautes de radiopropagação terrestres na face iluminada e interferências bastante expressivas em sistemas de radiolocalização que operam em baixa frequência. Não há relatos de panes significativas em malhas da rede elétrica de distribuição. Gráfico mostra o momento da emissão eletromagnética em raios-x de nível X9.3. Modelos de previsão de impacto de Ejeção de massa coronal indicam que uma frente de choque deve atingir a Terra entre os dias 9 e 10 de setembro, mas não mostram choque significativo a ponto de elevar fortemente o índice KP, que mede a instabilidade na ionosfera.
Embora altamente poderosa, emissões de raios-x não ultrapassam a atmosfera terrestre. Ela age como proteção contra esse tipo de radiação e sem a qual seria praticamente impossível a vida na Terra. LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"Grande negócio faríamos comprando o homem pelo que ele vale e vendendo pelo que ele pensa que vale" - Napoleão Bonaparte -