Terça-feira, 12 abr 2011 - 09h24
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão, NISA, elevou para 7 o nível de gravidade do acidente nuclear da usina de Fukushima. Esta é a segunda vez na história que um acidente desse tipo é classificado ao nível máximo. A primeira vez foi em 1986, após a explosão do reator de Chernobyl, na Ucrânia.
Clique para ampliar O nível 7 é o status mais elevado na escala INES (Escala Internacional para Eventos Nucleares e Radiológicos) , que classifica como "incidentes" os níveis de 1 a 3 e como "acidentes" os níveis de 4 a 7. Os níveis consideram três áreas de impacto: as pessoas e o ambiente, as barreiras radiológicas e de controle e o nível das defesas empregadas. Cada ponto na escala significa um evento dez vezes maior. Até 11 de abril, as autoridades japonesas classificavam o evento como de Nível 5. Assim, o incremento de 2 pontos significa que o acidente nuclear de Fukushima é 100 vezes mais danoso do que o suposto anteriormente.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), apesar do aumento na classificação ainda é muito cedo para comparar o acidente da usina de Fukushima ao de Chernobyl. Segundo a agência, a quantidade de material radioativo liberado no Japão é cerca de 10 vezes menor que o estimado em Chernobyl, além de serem acidentes com características diferentes.
Caso as varetas estejam fora de controle e a reação em cadeia não possa mais ser interrompida, o que parece bastante provável, não restarão aos engenheiros japoneses muitas alternativas para conter da radiação que vaza da usina há mais de 30 dias. Entre as soluções está a lacração definitiva do reator número 2, que seria recoberto com concreto, aço e chumbo a exemplo de Chernobyl ou então o contínuo bombeamento de água do mar, a fim de manter a temperatura das barras em níveis abaixo do ponto de fusão, situação que significaria perder o controle sobre o reator. Seja como for, é quase certo que as áreas dentro do perímetro de exclusão não poderão mais ser habitadas por um longo período de tempo. Em Chernobyl, passados 25 anos desde o acidente, os níveis de radiação continuam muito acima do permitido, com 5 milhões de hectares de terras inutilizados e contaminação significativa das florestas daquela região da Ucrânia.
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