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Sexta-feira, 8 fev 2008 - 09h34

Japoneses inovam e projetam nave espacial de papel

Os japoneses são conhecidos em todo o mundo pela sua alta capacidade tecnológica e também pela miniaturização de componentes, capazes de transformar em pequenos objetos os mais caros e enormes equipamentos de última geração. Além das capacidades técnicas, os nipônicos também são conhecidos pelos seus múltiplos dotes artísticos, herdados de seus antepassados e praticados até os dias de hoje. Quem de nós não conhece os famosos origamis, aquelas dobraduras de papel, verdadeiras obras de arte, que lembram pássaros e árvores?

Pois não é que os japoneses resolveram juntar as duas habilidades em favor da tecnologia espacial?

Um avião de papel pode não ser o ideal para se viajar pelo espaço, mas um professor de engenharia daquele país resolveu se juntar aos tradicionais mestres do origami e construir uma nave espacial de papel. Após ser lançada de uma plataforma orbital, a nave será capaz de sobreviver ao calor da re-entrada e regressar em segurança à Terra.

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Para provar que sua idéia é viável, Shinji Suzuki, ligado ao departamento de astronáutica da Universidade de Tóquio, testou nesta semana diversos modelos em um túnel de vento. Os protótipos foram produzidos com um papel especial, tratado com um composto que aumenta a resistência ao calor e de acordo com Suzuki, os resultados foram animadores.


Miniaturas
Os pequenos aviões de dobradura pesam cerce de 30 gramas e medem 8 centímetros de comprimento e durante os testes realizados nesta semana resistiram a ventos de 8.5 mil quilômetros por hora, o equivalente a 7 vezes a velocidade do som, que se propaga a 1224 km/h. Para provar que o protótipo não é um brinquedo, os modelos foram submetidos a temperaturas superiores a 290 graus Celsius. Os aviões foram testados durante sete segundos, já que com mais tempo de exposição as ondas de choque provocam alterações na estrutura da dobradura.

O objetivo, segundo Suzuki, é testar os limites do avião de papel. Uma experiência feita anteriormente submeteu o modelo a situações bem piores do que as que serão encontradas durante a re-entrada. De acordo com os cientistas do projeto, se lançados do espaço os modelos têm cerca de 5% de chance de retornar à Terra em segurança.

O próximo passo de Suzuki será pedir a um astronauta japonês, que irá desembarcar na Estação Espacial este ano, para que ele jogue de lá 100 aviões do espaço. Caso tenha sucesso, será o mais longo vôo já realizado por um avião de papel.


Problemas à vista
Segundo Steven Schneider, professor de tecnologia da Universidade de Purdue, no Canadá, um avião contruído de papel será muito difícil de ser localizado, seja por telescópios ou mesmo por radares de ângulo estreito. Simplesmente desaparecerá. "É um projeto muito engenhoso, mas se não puder ser observado ou recuperado, não passará de apenas uma boa idéia".

De acordo com Suzuki, futuramente os protótipos serão dotados de equipamentos de localização nos modelos, mas por enquanto a solução será usar uma alternativa bem mais simples: será escrito mensagens em várias línguas pedindo para quem encontrar os protótipos, enviá-los de volta ao Japão.

Fotos: no topo, um dos protótipos do avião de papel é submetido ao túnel de vento da Universidade de Tóquio. No detalhe, equipamentos coletam dados do experimento. Créditos: Departamento de tecnologia da Universidade de Tóquio e Associação de Aviões de Origami do Japão.

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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -