Segunda-feira, 6 ago 2012 - 07h10
Em uma operação tecnicamente perfeita, o jipe-robô Curiosity pousou nesta madrugada próximo à região equatorial de Marte. A viagem durou mais de 8 meses e após desembarcar na superfície o jipe entrou em contato com a Terra e enviou as primeiras imagens de baixa resolução.
De acordo com o calculado, exatamente 02h32 BRT da madrugada o jipe-robô Curiosity tocou a superfície marciana, baixado ao solo por uma espécie de guindaste espacial suspenso no céu. Apesar da precisão da operação, a confirmação do pouso só ocorreu 13 minutos e 40 segundos depois, tempo necessário para que os sinais enviados pelo jipe ao satélite Mars Odyssey Orbiter percorressem os 250 milhões de quilômetros que separam atualmente Marte da Terra. A todo instante, engenheiros e pesquisadores reunidos no JPL, Jet Propulsion Laboratory aplaudiam cada etapa concluída e confirmada através dos sinais de telemetria enviados pela nave. A ansiedade aumentava à medida que a Curiosity descia e quando o narrador oficial e também controlador da missão confirmou o pouso, todo o centro de controle explodiu em aplausos, com alguns engenheiros chorando de emoção.
"Os Sete minutos de terror tornaram os sete minutos de triunfo", disse o administrador associado da NASA John Grunsfeld. "Minha imensa alegria para o sucesso desta missão é igualado apenas pelo orgulho que sinto pelas mulheres e homens da nossa equipe."
Alguns instantes depois a mesma imagem foi recebida, mas em tamanho maior.
Atraído pela gravidade do planeta o casulo desceu vertiginosamente, a uma velocidade estimada em 22 mil km/h. Dez minutos depois, quando o altímetro-radar registrou altitude de 125 km acima da superfície teve início a entrada na atmosfera, uma fase batizada pela Nasa como "7 minutos de Terror" e que teve como objetivo reduzir a velocidade de queda para 1400 km/h. A brutal desaceleração contra a atmosfera elevou a temperatura frontal do casulo a mais de 1600 graus, elevada o suficiente para incandescer a blindagem térmica que protegia o jipe-robô e seu guindaste. Clique para ampliar A bola de fogo durou quatro minutos e quando o casulo atingiu 11 km de altitude o paraquedas supersônico foi aberto, reduzindo ainda mais a velocidade. Cada vez mais devagar, o conjunto continuou perdendo altitude e quando atingiu 8 mil metros o computador de bordo ordenou a ejeção do escudo térmico que protegeu a nave do calor escaldante da entrada. A bordo do casulo, o altímetro-radar realizava 250 leituras por segundo e a 1600 metros do chão enviou o último sinal que desprendeu o conjunto casulo-paraquedas. Nesse instante o jipe-robô e seu guindaste continuaram a descida, freados por um conjunto de retrofoguetes. Quando estavam a poucos metros do solo o guindaste espacial se manteve equilibrado e graciosamente, com auxílio de quatro cordas, baixou o jipe-robô até o centro da cratera Gale, alvo primário da expedição.
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