Quinta-feira, 29 set 2011 - 08h47
Lixo espacial: 45 objetos devem reentrar na atmosfera até dezembro
Se você ficou impressionado com a reentrada do satélite desgovernado UARS na última semana, então se prepare. Pelo menos 45 pedaços de satélites e restos de foguetes deverão retornar à Terra nos próximos 60 dias, incluindo um satélite alemão de 2.4 toneladas que deverá resistir ao calor da reentrada.
![]() De acordo com dados do Comando estratégico dos EUA, (USStratcom), somente neste mês de setembro de 2011 cinco reentradas já foram observadas, entre elas a de três satélites - Uars, Cosmos 2388 e Hawksat 1. Os outros dois objetos eram restos de foguetes propulsores. Dos 45 objetos que deverão reentrar na atmosfera nos próximos 60 dias, 13 são fragmentos restantes da colisão entre o satélite americano Iridium 33 e o russo Cosmos 2251, ocorrida em fevereiro de 2009 em pleno espaço. A maior parte do lixo é composta de restos de foguetes propulsores que foram usados para colocar objetos em órbita e que agora estão retornando à Terra. Além desses fragmentos, a lista também contempla dois satélites de pesquisa: o pequeno Polysat, da Universidade Politécnica da Califórnia e o telescópio alemão de raios-x ROSAT. Enquanto o Poylsat CP6 não passa de um cubo de 10 centímetros que deverá ser incinerado durante a reentrada, prevista para 6 de outubro, Rosat é um grande equipamento de 2.4 toneladas e que segundo seus construtores, deverá resistir à reentrada. Desde o início do ano, 269 satélites ou restos espaciais já retornaram à Terra, o que dá uma média de um objeto por dia rompendo nossa atmosfera. Desses, 13 eram satélites e 66 consistiam de fragmentos da colisão entre os satélites Iridium 33 e Cosmos 2251. Por ano, cerca de 80 toneladas de material espacial retornam à Terra.
![]() No caso do ROSAT, acredita-se que um total de 1.6 toneladas de fragmentos deverá resistir à reentrada, já que são formadas por vidro e fibra de carbono, altamente resistentes ao calor. Por ser um telescópio, a principal peça é o espelho primário, com peso aproximado de 400 quilos. Após reentrarem, essas peças cairão em queda livre, à velocidade de 450 km/h. ROSAT tem órbita inclinada em 52 graus, muito parecida com a do UARS. Assim, o satélite deverá cair entre as latitudes 52.00N e 52.00S, com o Brasil novamente na rota dos destroços. Os primeiros cálculos mostram que o satélite deverá reentrar na atmosfera no dia 11 de outubro, mas a exemplo do que ocorreu com o UARS essa data deverá mudar à medida que novos dados do fluxo solar sejam inseridos nos modelos de decaimento. Quando foi colocado em órbita, em 1990, Rosat mantinha a altitude nominal de 580 km. Em julho de 2011 esse valor já era de 315 km e agora em setembro o satélite já está a 280 km acima do nível do mar.
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