Quarta-feira, 13 mai 2009 - 09h14
A STS-125 é uma das mais caras e perigosas missões realizadas por um ônibus espacial. Orbitando a uma altitude muito maior que nas viagens convencionais, a Atlantis se localiza nesse momento em uma perigosa zona, repleta de inúmeros fragmentos de lixo espacial que podem representar sério risco à tripulação.
Com o objetivo de realizar os consertos necessários no telescópio espacial Hubble, a missão STS-125 do ônibus espacial Atlantis foge aos padrões tradicionais das costumeiras viagens até a Estação Espacial Internacional, a ISS. Para a realização dos consertos o cargueiro precisou ir até o telescópio, localizado a 560 km de altitude, 200 km acima da ISS. O problema é que essa região do espaço é extremamente povoada por restos de foguetes e satélites que podem se chocar com a nave. "Esse é o risco que corremos ao voar nesta altitude", disse o astronauta Bryan O'Connor, na função atual de chefe de segurança da Nasa. Segundo O'Connor as chances de risco são da ordem de1 em 229, muito superiores que nos típicos vôos realizados a 360 quilômetros de altitude, durante missão à ISS.
Pensando na possibilidade de choque com lixo espacial, a Nasa colocou de prontidão um segundo ônibus espacial para resgatar a tripulação, uma vez os astronautas não poderão se abrigar na Estação Espacial Internacional devido à órbita e inclinação diferentes entre as duas naves.
Os engenheiros continuam a examinar as imagens registradas durante a inspeção e inicialmente descartaram a possibilidade de riscos à missão, informando a tripulação sobre o ocorrido. No entanto, novas análises serão feitas ainda hoje e caso achem prudente uma nova inspeção será feita pelo braço robótico. Apesar da aparente tranquilidade, os engenheiros da Nasa sabem que qualquer descuido pode ser fatal. Em 2003, uma placa que se soltou do tanque externo de combustível se chocou contra a fuselagem do ônibus Columbia, provocando a ruptura da nave durante a reentrada espacial e matando todos os astronautas. Depois disso os ônibus espaciais passaram por diversas reformulações e uma das partes que recebeu reforço extra foi exatamente a área mais vulnerável da fuselagem.
Antes de ser agarrado, técnicos do Centro de Controle enviarão os comandos que fecharão a proteção que envolve os sistemas óticos e farão o reposicionamento do telescópio para que a nave Atlantis fique corretamente posicionada. Quando o ônibus espacial estiver a apenas 60 metros do Hubble, o Centro Goddard executará uma rolagem no telescópio, o que permitirá que o braço robótico da Atlantis agarre o telescópio e o traga até o compartimento de carga. Uma vez capturado, os astronautas iniciarão cinco atividades extraveiculares, também chamados passeios espaciais, com duração de seis horas e meia cada uma. Os trabalhos serão realizados externamente sempre por dois astronautas. Um deles será responsável pelas tarefas envolvendo os componentes livres de flutuação acoplados ao Hubble enquanto o segundo trabalhará conectado ao braço robótico, operado pela astronauta Megan McArthur. Todas as atividades da missão podem ser acompanhadas ao vivo pelo Apolochannel, que retransmite a Nasa-TV. Veja abaixo a programação da missão. Todas as datas estão no horário de Brasília. Veja ao vivo - ApoloChannel 11 maio - 15h01 - Lançamento do ônibus espacial Leia também: Saiba tudo sobre o conserto do Telescópio Hubble
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