Quinta-feira, 6 nov 2008 - 09h22
Nem bem os chineses terminaram de comemorar seu primeiro passeio espacial realizado em setembro, a agência de notícias da China, Xinhua, divulgou nesta quarta-feira (05/nov) um novo boletim, onde confirma que o país acaba de finalizar a construção do maior telescópio óptico do mundo.
O equipamento, batizado de Lamost, custou o equivalente a 35 milhões de dólares e foi construído no alto de uma montanha do observatório de Xinglong, a 960 metros de altitude e 170 km de Pequim. O aparelho pertence à Academia de Ciências da China e será operado pelo Centro de pesquisa do Observatório Astronômico Nacional. A abertura do novo telescópio equivale a 4 metros de diâmetro, capaz de obter o espectro luminoso de objetos extremamente fracos, de 20.5 magnitudes, em apenas 2 horas de exposição. Seu plano focal é de 1.75 m de diâmetro, correspondente a 5 graus de largura de campo e pode acomodar 4 mil fibras óticas. Assim, a luz de 4 mil objetos pode ser decomposta e analisada simultaneamente.
A capacidade do Lamost (large Sky Area Multi-object Fiber Spectroscopic Telescope) é duas vezes superior ao norte-americano SDSS, instalado no Novo México e até agora considerado o maior telescópio óptico do mundo. Segundo Donald York, professor da Universidade de Chicago e diretor fundador do SDSS, o Lamost possui 5.5 vezes mais fibras óticas que SDSS e confirmou que o telescópio chinês pode ter maior utilidade que o SDSS desde que os astrônomos chineses consigam que ele trabalhe em alto rendimento.
Durante o funcionamento, a luz captada pelo espelho corretor MA é refletida até o espelho esférico MB, que a focaliza sobre o conjunto de 4 mil fibras ópticas, cuja posição também é corrigida por computador aumentando ainda mais a qualidade da imagem. O sinal luminoso captado é então guiado até os espectrógrafos, localizados no interior do observatório.
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