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Quinta-feira, 20 out 2016 - 08h30
Por Rogério Leite

Marte: ESA não sabe o que aconteceu com a sonda Schiaparelli

Sete meses depois de lançada, a sonda russo-europeia Schiaparelli chegou finalmente ao Planeta Vermelho e deveria ter pousado suavemente em sua superfície. No entanto, instantes antes do pouso os cientistas da ESA, Agência Espacial Europeia, perderam o contato com a nave e até agora não se sabe o que aconteceu.

nave Schiaparelli descendo
Concepção artística mostra a nave Schiaparelli descendo suavemente na superfície de Marte, após se desprender da nave-mãe TGO.

Os últimos dados de telemetria, captados pela gigantesca antena do radiotelescópio GMRT (Giant Metrewave Radio Telescope), situado em Pune, Índia, sugerem que o módulo completou a maior parte dos passos que envolvem os seis minutos de entrada na atmosfera, incluindo a desaceleração, abertura dos paraquedas e ejeção do escudo de calor.

No entanto, os sinais recebidos pelo radiotelescópio GMRT e pelo orbitador Mar Express, que também registrava o evento, pararam simultaneamente antes do módulo Schiaparelli tocar a superfície.

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De acordo com o Centro de Operações Espaciais da ESA, em Darmstadt, Alemanha, os dados telemétricos confirmam que as fases de entrada e descida ocorreram como esperado, com eventos divergindo após a ejeção do escudo térmico e abertura dos paraquedas.

No entanto, os dados mostram que a ejeção ocorreu alguns segundos antes do programado e os retrofoguetes para desaceleração foram acionados brevemente, desligados antes do esperado em altitude ainda a ser determinada.

Os dados ainda estão sendo analisados e podem revelar se a nave impactou fortemente contra o solo marciano ou se foi desintegrada durante a entrada na atmosfera. Outra possibilidade seria um posicionamento incorreto da antena de comunicação, impedindo o contato com a Terra ou com os satélites em orbita de Marte.

Pequena Notável
Schiaparelli pesa 660 quilos e carrega diversos instrumentos científicos, entre eles uma estação meteorológica e um analisador de espectro, que deveriam coletar dados da região do pouso, em Meridiani Planum.

Devido à pequena capacidade da bateria, Schiaparelli pode funcionar por apenas alguns dias, já que o objetivo principal seria o de testar a tecnologia de entrada, descida e pouso, necessária para o envio de uma nave-robô muito mais moderna, que será lançada futuramente.

Aguardemos as novidades.


Missão Completa Exomars
Ao mesmo tempo em que o módulo Schiaparelli descia rumo à superfície, a nave-mãe TGO (Trace Gas Orbiter), realizava a crucial manobra de inserção orbital, que de acordo com os cientistas da ESA e da ROSCOSMOS (agência espacial russa) foi completada com perfeição.

A missão, batizada de ExoMars, foi lançada em 14 de março de 2016 e é composta inicialmente de duas naves robóticas: o módulo Schiaparelli e o orbitador TGO, estrutura na qual a Schiaparelli pegou carona e se separou dois dias antes do pouso.

As naves foram lançadas em 14 de março de 2016, a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, através de um poderoso foguete russo do tipo Proton-M.

O objetivo desta primeira fase era colocar em orbita de Marte o módulo TGO (Trace Gas Orbiter) e pousar na superfície marciana a nave Schiaparelli. A segunda fase será lançada em 2018 e levará até Marte uma perfuratriz de última geração.

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