Sexta-feira, 16 abr 2010 - 06h12
Meteoro risca o céu e explode no meio-oeste americano
Uma grande bola de fogo vinda do espaço cruzou o céu de pelo menos cinco estados americanos e em seguida explodiu na alta atmosfera produzindo um forte clarão. O evento ocorreu na noite de quinta-feira e foi testemunhado por milhares de pessoas, além de ter sido detectado por diversos radares meteorológicos dos EUA.
![]() Clique para ampliar Como não havia qualquer informação sobre reentrada de satélites ou lixo espacial, é possível que o bólido seja proveniente do espaço e tenha penetrado a atmosfera terrestre a mais de 40 mil quilômetros por hora. Considerando-se eventos anteriores, o clarão parece ter sido provocado por um objeto de grandes proporções, de aproximadamente 1 metro de comprimento com 1 tonelada de peso. Não se sabe exatamente a origem do meteoroide, mas existe a possibilidade do bólido ser um fragmento da chuva de meteoros Gamma Virgem, que vai de 14 a 21 de abril, com pico entre quarta-feira e quinta-feira passadas, mas essa é apenas uma das hipóteses levantadas.
Além das testemunhas oculares, o bólido também foi registrado pelo radar Doppler do NWS, o Serviço Meteorológico dos EUA, que detectou a trilha de fumaça deixada pela fulgurante passagem na atmosfera. Observadores em Minnessota reportaram que o evento foi acompanhado por um estrondo similar ao produzido por aviões quando quebram a barreira do som e fez balançar casas, janelas e vários outros objetos. A bola de fogo permaneceu visível por aproximadamente 15 minutos e foi vista no céu de Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois e Missouri.
![]() Ao penetrar em alta velocidade na alta atmosfera terrestre, o material incandesce com o atrito, fragmenta e desintegra, tornando-se um meteoro. Se pedaços grandes desse objeto conseguem resistir ao calor e chegar até a superfície, recebe o nome de meteorito.
De acordo com o cientista Bill Cooke, ligado à Nasa e um dos maiores especialistas no assunto, aproximadamente 150 mil objetos atingem a Terra todos os anos. Normalmente os fragmentos não ultrapassam 10 gramas e chegam à superfície numa média de 1 fragmento para cada 2.590 km². Segundo Cooke, bolas de fogo tão brilhantes quanto o planeta Vênus ocorrem mais de 100 vezes ao dia. Outras, mais brilhantes ainda e comparadas ao brilho da Lua crescente cruzam o céu pelo menos uma vez a cada dez dias. De acordo com o especialista, existem bolas de fogo extremamente grandes e brilhantes, com magnitude visual que pode chegar a -13 e que acontecem a cada cinco meses. Apenas para lembrar, magnitude negativa de -13 equivale ao brilho da Lua Cheia! ![]() Meteoros de grande porte, como o que atingiu o Canadá em novembro de 2008 são raros e a cada ano menos de cinco são registrados. Apesar de comuns, nem sempre essas enormes bolas de fogo são vistas. A maioria delas, cerca de 70%, cruza o céu sobre áreas inabitadas ou sobre os oceanos. A metade ocorre durante o dia, praticamente imperceptíveis devido à presença do Sol. Outra grande parte também não é vista simplesmente porque ninguém está olhando o céu naquele momento.
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