Segunda-feira, 24 fev 2014 - 11h05
Por Rogério Leite
Muita força! Mancha solar entra na terceira volta ao redor do Sol
Normalmente, as manchas solares surgem e desaparecem rapidamente. Algumas, mais teimosas, chegam a fazer duas revoluções ao redor da estrela. Iniciar a terceira volta é bastante raro e a antiga mancha AR1944 parece ser um desses casos. E já chegou nervosa!
![]() Clique para ampliar Na manhã desta segunda-feira (24/02), as imagens do telescópio solar SDO, da NASA, registraram duas fortes ejeções de massa coronal ocorridas no limbo leste do Sol. Foram erupções de classe M provocadas por uma região ativa já bastante conhecida dos leitores do Apolo11 e que está voltando à face visível da estrela: a mancha inicialmente batizada de AR1944. Essa região surgiu no limbo do Sol no final de dezembro de 2013 e era tão grande que foi possível vê-la sem auxílio de instrumentos durante vários dias, apenas com uso de filtros solares de alta densidade. Estima-se que seu tamanho chegou a 4.5 bilhões de km quadrados e por três vezes o Apolo11 transmitiu ao vivo as imagens dessa mancha.
Durante sua estadia na face visível do Sol, AR1944 disparou diversos flares de raios-x, com alguns alcançando a Classe-X, das emissões de altíssima intensidade. Devido à rotação do Sol, AR1944 desapareceu no limbo oeste, mas percorreu toda a extensão posterior da estrela até ressurgir novamente no leste solar em 27 de janeiro, quando foi batizada de AR 1967. Durante sua presença, AR 1967 evolui e atingiu praticamente metade do tamanho original, mas manteve a característica magnética beta-gama-delta, similar à antecessora. A mancha emitiu diversos flares de raios-x, entre eles um de classe M4.9 responsável por ejeção de massa coronal não dirigida à Terra. Da mesma forma que AR1944, AR 1967 também rotacionou e permaneceu escondida de nossos olhos durante vários dias, mas a persistência da região não a fez sucumbir. Neste momento, a mancha está praticamente colada ao limbo leste, pronta para ressurgir na face visível do Sol. Isso deverá ocorrer nas próximas 24 ou 48 horas, quando receberá uma nova designação. Como a mancha já está despontando e causando flares de emissão relativamente fortes, podemos esperar novas erupções à medida que a região se torna mais visível. A mancha promete!
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