Terça-feira, 6 mai 2008 - 10h16
Muito quente: Nasa lançará nave ao interior da coroa solar
Enviar uma sonda para penetrar o Sol é uma tarefa impossível. O aquecimento causado pela nossa estrela faria qualquer material existente simplesmente virar fumaça. E mesmo que tal feito fosse possível, o aquecimento dos gases e as interferências elétricas não permitiriam que qualquer dado fosse transmitido à Terra. Sem dúvida, penetrar o Sol para estudá-lo mais de perto é uma idéia sem cabimento.
![]() Mas, e se ao invés de penetrar o Sol apenas nos aproximássemos dele, o suficiente para estudarmos a estrela de um ponto de vista mais privilegiado? Não seria interessante aprender novas coisas que pudessem até revolucionar nosso conhecimento sobre a influência do Astro-rei no Sistema Solar? Pois foi pensando nessa hipótese que a Nasa, a agência espacial americana propôs à renomada Universidade Johns Hopkins, dos EUA, um estudo sobre a viabilidade de se enviar uma sonda bem próxima ao Sol, a uma distância em que nenhuma outra nave jamais atingiu.
O desenvolvimento da Sonda Solar é um projeto ambicioso liderado pelo APL, o Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, o mesmo que dirigiu a missão da sonda Messenger com destino a Mercúrio. Quando em atividade, a Sonda Solar fará profundos estudos dos jatos de partículas carregadas que o Sol lança ao espaço, mas de um ponto de vista muito privilegiado: o interior da coroa solar, a atmosfera externa do Sol onde ocorre todo o processo do seu aquecimento e onde são gerados os ventos solares. "Agora sabemos que estamos no caminho certo", disse Andrew Dantzler, cientista-chefe do projeto Sonda Solar. "Finalmente conseguimos juntar diversas tecnologias em um único pacote científico e acreditamos que podemos construir a sonda por menos de US$ 750 milhões". Esse valor é o equivalente ao custo de uma missão planetária de médio porte. Durante suas passagens mais próximas do Sol, a nave deverá sobreviver a 500 vezes mais intensidade solar do que os satélites que atualmente orbitam a Terra. Para ganhar velocidade e atingir a órbita pretendida, a apenas 6 milhões de quilômetros do Sol, a sonda fará sete revoluções em torno do planeta Vênus, que agirá como um grande propulsor espacial para "catapultar" a nave em direção à estrela. A cada revolução, mais velocidade será adquirida.
Arte: No alto, concepção artística mostra a Sonda Solar em órbita do Sol. Créditos: Nasa/Universidade Johns Hopkins. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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