Quinta-feira, 14 nov 2019 - 16h52
Por Rogério Leite
Em maio de 2019, uma espécie de carrossel luminoso formado por uma constelação de satélites passou a cruzar céu de todo o mundo. Agora, um novo trem está de volta. Ele é formado por nada menos que 60 satélites enfileirados e já pode ser visto nas noites escuras.
Constelação de satélites Starlink registrada por Evan Zucker em 12 de novembro de 2019, em San Diego, EUA. Chamado oficialmente de "Mega constelação Starlink", o trem luminoso é composto por 60 novos objetos, colocados no espaço no dia 11 de novembro pela empresa estadunidense SpaceX. O plano é colocar na orbita da Terra cerca de 12 mil unidades com o objetivo de formar a maior rede mundial provedora de internet via satélite. Da mesma forma que os 60 satélites colocados em orbita em maio de 2019, os novos 60 artefatos também podem ser vistos a olho nu em uma noite escura, lembrando que a constelação anterior já não pode mais ser observada devido a grande altitude em que encontra cada objeto.
Os novos membros da constelação estão em orbita circular a 445 km de altitude e por terem sido lançados simultaneamente ainda estão navegando praticamente juntos. Para um observador aqui na Terra, a impressão visual é a de "trem" de pontos luminosos cruzando o firmamento noturno, refletindo a luz do Sol. A olho nu, os satélite brilham entre as magnitudes 4 e 5, o que significa que são pontos bem pálidos no céu, lembrando que teoricamente o limite da visão humana é de 6 magnitudes (quanto maior o número, menos brilhante é o objeto). Embora a altitude atual é de 445 km, ela deverá se elevar para 550 km quando estiverem em operação, o que significa não poderão mais serem vistos futuramente.
1 - Céu escuro: deve ser noite no local da observação Quando estas quatro condições forem satisfeitas dizemos que o satélite estará potencialmente visível.
Em São Paulo, por exemplo, o trem poderá ser visto nos dias 16, 17 de novembro antes do nascer do Sol e 18 de novembro, depois do pôr do Sol. É importante lembrar que o "trem" apresenta baixa luminosidade. Assim, uma boa ideia é observar o céu em local bem escuro, longe de luzes fortes e se possível usar um binóculo de baixa amplificação, o que permitirá ver objetos mais tênues. Bons céus! LEIA MAIS NOTÍCIAS
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