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Terça-feira, 30 jul 2019 - 10h10
Por Rogério Leite

Nasa apresenta o MHS, o helicóptero que vai voar no Planeta Vermelho

Após confirmar que vai mesmo sobrevoar o Planeta Vermelho de helicóptero, a NASA finalmente revelou o primeiro protótipo da aeronave. Ela já está em testes e voará em Marte em 2021.

Protótipo do Helicóptero MHS, apresentado pelo engenheiro J. Bob Balaram, ligado ao Laboratório de Propulsão a jato, da Nasa.
Protótipo do Helicóptero MHS, apresentado pelo engenheiro J. Bob Balaram, ligado ao JPL, Laboratório de Propulsão a jato, da Nasa.


Batizado de Helicóptero Explorador Marciano, ou MHS, o equipamento promete ser um revolucionário veículo de exploração e deverá registrar imagens e dados da superfície de Marte com resolução sem precedentes, uma vez que a baixa altitude permitirá vídeos e imagens estáticas de um ponto de vista até hoje impossíveis de serem obtidos.

O objetivo da Nasa é transportar o MHS na próxima missão Mars 2020, que será lançada na metade de 2020 e pousará em Marte em 2021.

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O MHS tem cerca de 1 tonelada de peso e seu principal objetivo será detectar sinais de vida microbiana e estudar o clima e geologia marciana.


Desafio da Pressão
Voar em marte é muito diferente que voar na Terra, principalmente no que se refere à pressão atmosférica. Para se ter uma ideia das diferenças, a pressão atmosférica na superfície de Marte equivale a encontrada a 30 mil metros aqui em nosso planeta.


Alta Rotação
Pensando nisso, o pequeno helicóptero foi projetado para operar no ar altamente rarefeito do Planeta Vermelho e para compensar as diferenças de pressão, as duas hélices do artefato precisam girar a 3 mil RPM (rotações por minuto), cerca de 10 vezes mais rápido que um helicóptero terrestre convencional.


Primeiros Voos
De acordo com a NASA, antes de iniciar a exploração em solo marciano e real captação de dados científicos, será realizada uma campanha de testes de 30 dias, com o drone decolando a uma altura de 3 metros e mantendo-se em suspensão por 30 segundos. Isso será feito durante um mês até haver a certificação de que todos os sistemas estão operando corretamente. Em seguida, o tempo de voo será ampliado gradativamente.

Atualmente, o MHS está sendo testado em câmeras de vácuo que simulam a pressão barométrica encontrada em Marte (veja o vídeo) e de acordo com a agência espacial estadunidense, os resultados superaram as expectativas.


Alimentação
A alimentação e aquecimento do artefato será feita através de baterias de íons de lítio, alimentadas por energia solar.

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