Sábado, 2 fev 2008 - 09h21
Após uma série de sucessivos adiamentos, que tiveram início no dia 6 de dezembro de 2007, a agência espacial americana, Nasa, confirmou para o próximo dia 7 de fevereiro a nova tentativa de lançamento do ônibus espacial Atlantis. De acordo com o comunicado oficial, a ignição dos foguetes ocorrerá às 17h45 pelo Horário de Brasília e como das vezes anteriores poderá ser acompanhado ao vivo no Apolochannel.
O lançamento da Atlantis foi suspenso algumas horas antes da hora marcada no dia 6 de dezembro, depois que dois, dos quatro sensores responsáveis pelo corte dos motores principais, pararam de responder e passaram a gerar informações inconsistentes entre si. O sistema de sensores é um dos diversos itens que protegem os motores principais do ônibus espacial, aqueles que ficam na parte traseira da nave, e que cortam as linhas de alimentação no caso dos níveis de hidrogênio e oxigênio caírem abaixo de determinado ponto. As regras de segurança elaboradas pelo Comitê de Critérios de Lançamento requerem que ao menos três sensores estejam operando satisfatoriamente, o que não ocorreu na ocasião, violando assim uma das regras básicas de segurança.
"Durante quase dois meses nossa equipe de engenheiros trabalhou duro e encontrou uma boa solução para o problema", disse Bill Gerstenmaier, administrador da Nasa para operações espaciais, durante conferência de imprensa realizada pela agência.
O sistema de circulação de freon, ou loops de freon, refrigera o compartimento de cargas e é um dos itens de segurança mais críticos dos ônibus espaciais. "Todas as vezes que abrimos e fechamos o compartimento as mangueiras são flexionadas. Embora estejam funcionando corretamente, queremos compreender porque isso costuma acontecer.", acrescentou Hale. "Sinto bastante confiança de que teremos boas conclusões, mas precisamos aguardar alguns relatórios antes de dar sinal verde para o lançamento", concluiu.
Quando o ônibus espacial decolar da plataforma 39-A, no Centro Espacial Kennedy, estará levando ao espaço não somente novos equipamentos para a construção do complexo espacial. A bordo da nave norte-americana será despachado um laboratório inteiro, que deverá ser acoplado à estação. O equipamento, batizado de Columbus, é a mais importante colaboração européia para a ISS, e uma vez anexada à estação espacial tornará a Agência Espacial Européia, ESA, o mais ativo membro do programa, com capacidade de operação permanente e independente. O laboratório Columbus foi projetado para ser utilizado em pesquisas que exijam longa duração e deverá ampliar bastante as capacidades da ISS. De acordo com a ESA, o Columbus deverá durar no mínimo 10 anos. Em seu interior, o laboratório conta com acomodação para diversos experimentos multidisciplinares nas áreas de biologia, fisiologia, ciência de materiais, física de fluidos, tecnologia e educação. Além disso, possui capacidade para a instalação de experimentos externos nas áreas de ciências espaciais, sensoriamento remoto e tecnologia. Columbus é um laboratório de grande porte. Possui um comprimento total de 6.8 metros e seu diâmetro é de 4.4 metros. Seu peso, no momento do lançamento, é de 12.7 toneladas e pode acomodar até 9 toneladas entre experimentos e equipamentos. Para a montagem do Columbus do lado externo da ISS, a Nasa programou três atividades extraveiculares (EVAs ou passeios espaciais). A construção do módulo estará sendo comandada pelo astronauta alemão Hans Schlegel, que durante a primeira missão externa auxiliará na instalação e efetuará a energização do laboratório. Segundo os engenheiros norte-americanos, o "passeio" externo de Schlegel poderá ser um dos mais longos da história da ISS.
Uma vez ativado, o controle do Columbus passará para o Centro de Controle Columbus, da ESA, localizado nas dependências do Centro de Operações Espaciais da Alemanha, em Oberpfaffenhofen, próximo a Munique. Fotos: No topo, parte da tripulação da missão STS-122 treina os procedimentos antes da contagem regressiva, no Centro Espacial Johnson. Na seqüência, mangueira de gás freon localizada dentro do compartimento de carga. Acima: concepção artística do Laboratório Columbus em funcionamento e vista parcial do Centro de Controle Columbus, na Alemanha. Créditos: Nasa/Esa. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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