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Quarta-feira, 25 out 2006 - 08h16

Nasa discute o destino do Telescópio Espacial Hubble

O destino do telescópio espacial Hubble será novamente discutido na próxima sexta-feira, quando engenheiros e cientistas da NASA se reunirão para discutir os riscos de se enviar mais uma missão tripulada para reparar o telescópio.

A decisão de enviar a missão será do atual administrador da Nasa, Michael Griffin. Se autorizada, deverá ocorrer em 2008 e permitirá ao Hubble operar por pelo menos mais dez anos.

O telecópio Hubble não é um desconhecido para Griffin, que trabalhou no equipamento no início da carreira. Segundo Griffin, o Hubble é um dos mais importantes instrumentos científicos de todos os tempos.

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Ao contrário de seu antecessor, Griffin se disse disposto a fazer os reparos necessários. "Se pudermos fazê-lo em segurança, iremos fazer", disse ele. "No entanto, temos novas limitações com relação aos sistemas dos ônibus espaciais. Hoje em dia temos uma nova compreensão de sua fragilidade".

A missão final para tentar salvar o telescópio Hubble foi cancelada por Sean O´Keefe, antecessor de Griffin na chefia da Nasa, depois da tragédia com o ônibus espacial Columbia, em 2003. A decisão foi duramente criticada por políticos e cientistas, mas O´Keefe manteve sua decisão, citando os riscos para os astronautas, além da necessidade de concentrar as atividades dos ônibus espaciais à construção da Estação Espacial Internacional, ISS.

A idéia de O´Keefe era a de criar um robô para reparar o telescópio, mas uma junta de cientistas concluiu que seriam mínimas as chances do equipamento ficar pronto a tempo, e que uma missão com astronautas teria melhores chances de sucesso.


O Hubble
O que determina a capacidade de um telescópio é a quantidade de luz que ele pode receber de um objeto e não sua capacidade de ampliar. Quanto maior o diâmetro de um telescópio, mais a sua potência.

O Hubble é um telescópio do tipo refletor, onde o elemento ótico principal é um espelho e não uma lente. Seu diâmetro é de 2.4 metros e se fosse um telescópio instalado em terra, seria considerado de porte médio.

Atualmente existem 28 telescópios maiores que o Hubble instalados em observatórios na superfície. Os dois maiores estão no observatório de Mauna Kea no Havaí e têm 10 metros de diâmetro.

O que diferencia o Telescópio Espacial Hubble de seus similares em terra é o fato dele estar colocado no espaço, fora da atmosfera da Terra. Desse modo, a luz dos objetos não passa pela nossa atmosfera.

Todos os dados que temos dos objetos distantes provém da luz que captamos deles. A atmosfera interfere fortemente na captação dessa luz, por isso os observatórios astronômicos mais importantes são construídos em locais bem altos.

Em condições extremanente favoráveis, esses grandes telescópios permitem ver uma bola de futebol a cerca de 51 km de distância, enquanto o Hubble, menor, consegue ver essa mesma bola a mais de 600 km.

O Hubble é bem mais que um telescópio refletor. Em seu interior diversos intrumentos estão aptos às mais diversas observações, entre eles 3 câmeras, 1 detector astrométrico e 2 espectrógrafos.

Além de fotografar objetos e efetuar medições com grande precisão, o telescópio Hubble pode analisar a luz que chega até seus sensores. Isso permite determinar a composição do objeto focalizado.

Com essa capacidade e com auxílio de técnicas de fotografia digital, podemos separar objetos suficientemente brilhantes que estejam a menos de dois metros de distância um do outro, como por exemplo, dois faróis de um carro na superfície na Lua.

Colocado em órbita em abril de 1990, o Hubble (nome dado em homenagem ao astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble que viveu de 1889 a 1953) pesa cerca de 11.600 quilos e se localiza 600 km acima da superfície da Terra, completando uma volta ao redor do nosso planeta em 95 minutos. Para funcionar, capta energia do Sol através de dois grandes painéis de 2.4 x 12.1 metros cada.

Fotos: Telescópio Hubble com a Terra vista abaixo, fotografado pela tripulação do ônibus Espacial. Observe a proteção do espelho aberta e as antenas de comunicação com a Terra. Na sequencia, uma série de imagens feitas pelo telescópio mostram a M16, conhecida como Nebulosa da Águia, a galáxia em espiral NGC3370 e a nebulosa N44C. Cortesia NASA.

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