Quinta-feira, 26 abr 2007 - 10h04
A Nasa, agência espacial americana, lançou ontem, através de um foguete Pegasus, a primeira sonda construída especialmente para estudar as misteriosas nuvens noctilucentes. A sonda, batizada de AIM, foi lançada às 17h30 pela hora de Brasília, e deverá permanecer no espaço por pelo menos dois anos em uma altitude de 600 km.
AIM é a sigla em inglês para Aeronomia do Gelo na Mesosfera. Tão esquisitas como seu nome, as nuvens noctilucentes só podem ser vistas à noite e se formam em altitudes acima de 80 km. São uma espécie de cirrus de cor azulado ou prateado, algumas vezes avermelhados ou em tons de laranja. O objetivo da missão AIM será o de fornecer respostas para alguns dos principais mistérios no surgimento dessas nuvens, entre eles o mecanismo de sua formação em altitudes em que não há umidade e porque seu número tem aumentado significativamente sobre as regiões polares, onde raramente se formam.
Algumas teorias apontam que as nuvens noctilucentes sejam formadas por partículas muito finas de poeira cósmica e que seu aumento sobre as regiões polares esteja ligado ao aumento da concentração de gases do efeito estufa sobre estas regiões. De acordo com Russell James, cientista envolvido na missão AIM, uma das teorias é que a elevação dos níveis de CO2 na mesosfera esteja mudando sua temperatura. Outras teorias apontam um crescimento da quantidade de vapor de água devido ao aumento dos níveis do metano. "Estamos explorando as nuvens na beira do espaço", disse ele. A primeira vez que as nuvens noctilucentes foram observadas foi em 1883, depois da erupção do vulcão cracatoa na ilha de Java, sugerindo que sua formação possa também estar relacionada às finas partículas vulcânicas em suspensão na alta atmosfera. Muitas das supostas aparições de "discos voadores" eram na verdade a formação de nuvens noctilucentes. Foto: No topo, nuvens noctilucentes sobre a Irlanda do Norte, fotografadas pelo astrônomo e meteorologista Conor McDonald. Na segunda foto vemos o lançamento do foguete Pegasus, com a sonda AIM a bordo. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -