Quarta-feira, 5 jun 2019 - 10h28
Por Rogério Leite
Pesquisadores da agência espacial estadunidense revelaram uma nova imagem do Universo, composta a partir de 22 meses de observação do céu no comprimento de onda dos raios-x. O resultado é impressionante e foi obtido com dados coletados de dentro da Estação Espacial Internacional.
Imagem do céu no comprimento de onda dos raios-x, registrado pelo experimento NICER, a bordo da Estação Espacial Internacional. A cena foi registrada pelo instrumento NICER (Neutron Star Interior Composition Explorer), um experimento capaz de captar as ondas eletromagnéticas no espectro dos raios-x, emitido principalmente pelas estrelas de nêutrons. A imagem divulgada é repleta de loops, arcos e pontos brilhantes, formados por diversas fontes de emissões de alta energia. Os pontos mais brilhantes são poderosas emissões provenientes de pulsares e galáxias ativas. Os traços são a consequência do movimento do instrumento durante a busca pelos alvos programados, similar aos traços deixados por faróis de automóveis durante uma fotografia de longa exposição.
Potentes emissões de raios-x registradas pelo experimento NICER. Os objetos são pulsares e galáxias ativas, que brilhamem intensamente nesse comprimento de onda. O objetivo do experimento é compreender melhor as emissões provenientes das estrelas de nêutrons e assim criar uma nova imagem de raios X de todo o céu. Segundo Keith Gendreau, ligado ao Goddard Space Flight Center da NASA, mesmo com o mínimo de processamento essa imagem já revela o "Cygnus Loop", um remanescente de supernova com cerca de 90 anos-luz de comprimento e com idade entre 5 mil e 8 mil anos. "É bem possível que as varreduras noturnas do NICER revelem fontes anteriormente desconhecidas", disse o pesquisador
Os cientistas acreditam que o modo como os nêutrons são comprimidos no interior desses objetos os torna o material mais forte do universo. Um dos objetivos do NICER é coletar dados que serão usados para determinar o tamanho real das estrelas de nêutrons com um erro não superior a 5%. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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