Terça-feira, 25 jul 2023 - 10h09
Por Rogério Leite
Após três anos de ameaças, o vulcão Shishaldin, localizado nas Ilhas Aleutas, no Alasca, entrou em erupção e lançou na atmosfera milhares de toneladas de cinzas a vários quilômetros de altitude. O evento ainda está em andamento e está gerando diversos alertas de risco para os setores da aviação.
Nuvem de cinzas e Lahars são vistos ao sul do monto Shishaldin, nesta imagem registrada pelo satélite Landsat 8 em 17 de julho de 2023. Crédito: Landsat Team. Recentemente, em 11 de julho de 2023, o Observatório vulcanológico do Alasca registrou elevadas temperaturas ao redor de Shishaldin, além de crescente atividade sísmica. Três dias depois a montanha entrou em erupção, lançando na atmosfera uma gigantesca nuvem de cinzas de 12 mil metros de altura que seguiu na direção sul até atingir o oceano Pacífico. Após esse evento, mais duas explosões menores foram registradas em 15 de julho, quando emissões de cinzas vulcânicas foram ejetadas a mais de 5 quilômetros acima do nível do mar. O Monte Shishaldin é um estratovulcão situado na Ilha Unimak e é considerado um dos vulcões mais ativos no arco das ilhas Aleutas.
Na imagem mostrada, registrada em 17 de julho pelo instrumento OLI (Operational Land Imager), a bordo do satélite LANDSAT 8 é possível ver a pluma de cinzas das erupções nas encostas sul de Shishaldin. Além das cinzas, uma série de lahars (estrias escuras de lama vulcânica) também é visível nos flancos norte e sul do vulcão. Dois outros períodos de atividade vulcânica elevada também resultaram em plumas de cinzas significativas entre 17 e 23 de julho. Em 18 de julho, outra forte erupção criou uma grande nuvem de cinzas que levou o NWS, o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, a emitir um alerta aos pilotos para evitarem a área. Plumas de cinzas vulcânicas podem silicatos e outros materiais que podem danificar motores e turbinas das aeronaves. Segundo Observatório Vulcânico do Alasca, o vulcão Shishaldin teve 24 erupções confirmadas desde 1775, a maioria delas relativamente pequenas, embora um evento ocorrido em 1999 tenha gerado uma coluna de cinzas que ultrapassou 14 quilômetros acima do nível do mar. Em 1976, 2019 e 2020, erupções vulcânicas em Shishaldin também produziram deslocamento de lava. A atividade sísmica em Shishaldin ainda está em andamento e de acordo com o observatório ainda não é possível prever quanto tempo essa fase eruptiva irá durar. Historicamente, as erupções em Shishaldin duram semanas a meses, com ciclos repetidos de atividade semelhantes ao que foi visto até agora em julho. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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