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Sexta-feira, 6 jan 2023 - 10h50
Por Rogério Leite

Nova mancha solar explode e provoca blecaute de radiocomunicação na Terra

Uma mancha recém-surgida no limbo leste do Sol produziu um intenso pico de radiação que atingiu o topo da atmosfera terrestre nas primeiras horas de sexta-feira. Como resultado da ionização diversos serviços que operam em ondas curtas e longas sofreram forte interferência eletromagnética ou deixaram de operar por algumas horas.

Região ativa AR3182 pode ser vista no canto esquerdo da imagem, registrada pelo satélite de observação solar SDO, da NASA.
Região ativa AR3182 pode ser vista no canto esquerdo da imagem, registrada pelo satélite de observação solar SDO, da NASA.

A responsável pela explosão solar é uma nova região ativa do tipo Beta-Gamma, batizada AR3182. Esse tipo de mancha possui um campo magnético tão complexo que é impossível se traçar qualquer linha única e contínua entre os pontos de polaridades opostas do campo magnético

Normalmente, regiões ativas de grande tamanho nesta configuração acabam por se desenvolver ainda mais, tornando-se mais complexas e apresentando configuração ainda mais poderosas do tipo Beta-Gama-Delta, que podem produzir fortes flares de raios-x que atingem facilmente a classe M ou X.

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Modelo de absorção eletromagnética mostra os efeitos do flare solar de classe X, que atingiu a Terra na madrugada de sexta-feira, 6 de janeiro de 2023. As zonas coloridas indicam as frequências absorvidas durante o blecaute. Crédito: NOAA/SWPC.
Modelo de absorção eletromagnética mostra os efeitos do flare solar de classe X, que atingiu a Terra na madrugada de sexta-feira, 6 de janeiro de 2023. As zonas coloridas indicam as frequências absorvidas durante o blecaute. Crédito: NOAA/SWPC.

AR3182 surgiu na face visível do Sol na quinta-feira (05/jan), mas diversas imagens solares e dados coletados por telescópios espaciais já estavam observando forte atividade na face oposta da estrela na quarta-feira, inclusive com fortes emissões de raios-x classificadas na classe X.

A emissão (flare) de raios-x emitida na madrugada de sexta-feira atingiu a magnitude X1, o equivalente a um pulso de 15 gigawatts de potência instantânea, que iluminou o topo da atmosfera terrestre durante alguns segundos. A forte ionização provocou blecaute de radiopropagação sobre o oceano Pacífico e Austrália, com forte instabilidade em equipamentos de sinalização em ondas longas e em comunicações por ondas curtas abaixo de 10 mHz.

Como esta mancha solar ainda se encontra no limbo do Sol, diferentemente do pulso eletromagnético que atingiu a Terra as partículas ejetadas não chegarão a atingir o planeta. No entanto, devido à rotação do Sol AR3182 deverá se alinhar à Terra, com risco de emissões eletromagnéticas intensas atingirem a Terra nos próximos dias.

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