Quinta-feira, 22 mar 2007 - 08h42
As imagens do Sol, enviadas pela sonda japonesa Hinode e divulgadas na noite da última quarta-feira, são simplesmente maravilhosas. São capazes de fazer você pular da cadeira! Elas mostram um vórtice magnético do tamanho da Terra cruzando toda a imagem do monitor, torcendo e girando para em seguida finalmente explodir em um poderoso flare solar.
As imagens, que mostram grande atividade solar na região da cromosfera, foram gravadas em 12 de janeiro de 2007 mas somente agora foram divulgadas pela Agência Espacial Japonesa. "Eu me segurei na cadeira", disse o físico solar John Davis, do Centro Espacial Marshall, da Nasa, ao ver as imagens.
Davis é o cientista da Nasa para o projeto nipônico Hinode, palavra japonses que significa "Sol Nascente". A nave foi lançada em setembro de 2006 do Centro Espacial Uchinoura, no Japão, com o objetivo de estudar as manchas e flares solares.
A nave, também chamada de Telescópio Solar Ótico é o que os astrônomos chamam de "Hubble Solar". Seus sistemas permitem imagens extremamente limpas com até 0.2 arco de segundo de resolução. Para se ter uma idéia, 0.2 arco de segundo é um ângulo muito estreito, igual à largura de um fio de cabelo suspenso a 100 metros de distância. Segundo o Davis, imagens com esta resolução estão chegando a todo o momento. Cromosfera significa "esfera de cor" e é o nome que os astrônomos, desde o século 19, dão à estreita e muito vermelha camada da atmosfera solar, que parece pular para fora durante um eclipse total (foto ao lado). A cor avermelhada da cromosfera é devido à abundante quantidade de hidrogênio, que emite luz no comprimento de onda de 6563 Angstroms. Essa cor é conhecida como "Hidrogênio-Alpha" e que pode ser captada pelo telescópio da sonda Hinode, equipado com filtros de luz sintonizados neste comprimento de onda. As imagens são marcantes. Visualmente, a cromosfera se parece com um carpete de lã, com filamentos magnéticos muito arrepiados. O vídeo captado pela sonda japonesa mostra esse filamentos balançando para frente e para trás, como se estivessem sendo soprados por uma leve brisa. Mas a impressão de leveza pára por aí. Não existe nada de delicado nas labaredas que parecem pular da fotosfera, abaixo, em direção à cromosfera. Segundo Davis, as labaredas são jatos de gás similares em tamanho ao Estado do Amazonas. Eles sobem e descem a cada 10 minutos. Em seguida vem as explosões. "É tudo maravilhoso", completou o cientista. Devido à alta resolução do sistema ótico, uma das habilidades da sonda Hinode é pode olhar diretamente dentro da zona de nascimento dos flares, enviando aos cientistas valiosas informações que ajudarão a prever com mais exatidão as explosões solares. Frames retirados dos vídeos feitas pela sonda japonsa Hinode. Clique sobre eles para assistir. Obs: Aguarde alguns minutos para carregar.. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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