Quinta-feira, 12 fev 2009 - 08h41
Pela primeira vez na história, dois satélites de comunicação, um russo e um americano, se chocaram em pleno espaço. A colisão sem precedentes ocorreu quando ambos os artefatos orbitavam a região da Sibéria, no extremo norte da Rússia, a uma altitude de 790 km acima da superfície. A colisão ocorreu na terça-feira às 01h43 pelo horário de Brasília e envolveu o satélite comercial norte-americano Iridium 33 e o russo Cosmos 2251.
De acordo com a Rede de Vigilância Espacial dos EUA, DDSSN, duas grandes nuvens de detritos foram observadas após a colisão e estão sendo monitoradas de perto pelo órgão. Segundo o órgão essa parece ser a maior nuvem de lixo espacial desde que a China destruiu intencionalmente um de seus satélites em 2007, como parte do programa anti-satélite daquele país. Na ocasião foram contabilizadas cerca de 2500 peças que se incendiaram ao reentrar na atmosfera. Segundo o Comando Estratégico da Marinha americana, até agora mais de 500 fragmentos do choque já foram contabilizadas e estão sendo rastreados.
O satélite Iridium 33 envolvido na colisão foi lançado em 1997 e pesava 560 quilos. Fazia parte de uma constelação de 66 satélites de telefonia e transmissão de dados via satélite e circulava a Terra a cada 100 minutos a 27.088 km/h. O russo Cosmos 2251 foi lançado em 1993 e pesava 900 quilos. Segundo a Nasa o satélite não dispunha de equipamentos para correções e manobras orbitais.
Especialistas em lixo espacial da Nasa também estão preocupados com possíveis choques de fragmentos com os satélites que orbitam na altitude de 705 km, 85 quilômetros abaixo do choque, já que a nuvem de fragmentos ainda estaria bastante concentrada nesta altitude. Essa altitude é bastante utilizada pelos satélites científicos e de sensoriamento remoto. Atualmente existem mais de 18 mil fragmentos de satélites e foguetes orbitando a Terra e todos eles são rastreados pelas principais agências espaciais do mundo. Ainda não se sabe a causa exata da colisão de terça-feira.
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