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Quarta-feira, 17 jun 2015 - 09h32
Por Rogério Leite

Plutão: New Horizons está cada vez mais perto do mundo gelado

Falta menos um mês para um dos acontecimentos mais marcantes do século 21: o encontro da nave interplanetária New Horizons com o planeta anão plutão, um dos objetos mais distantes do Sistema Solar.

Imagem de Plutao feita com dados do Telescopio Hubble
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Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda está prestes a entrar para história e no próximo dia 4 de julho deverá ficar a apenas 12500 km de Plutão, a menor distância de observação desde que o planeta anão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930.

Em 1980, a sonda Voyager 1 poderia ter visitado Plutão, mas os controladores da NASA optaram por um sobrevoo pela lua de Saturno Titã, o que resultou em uma trajetória incompatível para um estudo do planeta anão.

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A New Horizons está viajando há 9 anos e neste momento está a apenas 32 milhões de quilômetros de Plutão. Para se ter uma ideia, a distância é tão grande que os sinais de rádio emitidos pela sonda levam 275 minutos para chegar até as antenas da Rede do Espaço Profundo, situadas em Camberra (Austrália), Madri (Espanha) e Califórnia (EUA).

Plutao visto pela sonda New Horizons
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A missão científica da New Horizons é coordenada pelo laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins, nos EUA e operada pelo JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.

Na semana passada, o APL divulgou uma nova série de imagens desse mundo gelado e que deixou os cientistas bastante eufóricos.

As cenas foram registradas pelo instrumento LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager), um dos sete experimentos a bordo da New Horizons e revelam as diferentes manchas da superfície plutoniana na medida em que o planeta anão rotaciona sobre seu eixo.

"Sempre soubemos que Plutão tinha áreas escuras, mas agora começamos a ver o quanto essas manchas são realmente grandes, seus formatos e onde estão localizadas. Isso é fantástico", disse o cientista Cathy Olkin, ligado ao APL.


Próximos Passos
Ainda nesta semana a nave fará diversas fotos em infravermelho de Plutão e de sua maior lua, Caronte. Essas imagens deverão ajudar a mapear a superfície com o propósito de gerar mapas geológicos e de temperatura.

Além disso, a sonda iniciará o registro diário através de imagens coloridas, que servirão neste momento para estudar a rotação de Plutão.

Instrumentos da sonda New horizons

instrumentos
No total, a New Horizons carrega sete instrumentos diferentes para estudar a geologia e topografia de plutão e de sua maior lua Caronte. Entre os instrumentos usados no estudo estão dois espectrômetros em ultravioleta e infravermelho, uma câmera compacta multibanda, um telescópio imageador de alta resolução, dois poderosos espectrômetros de partículas e um detector de poeira espacial.

O objetivo será mapear a composição das superfícies e atmosferas e também tentar localizar novas luas ou anéis ao redor do sistema plutoniano.


Artes: No topo, imagem sintética de plutão obtida a partir de dados coletados pelo telescópio espacial Hubble. Na sequencia, conjunto de imagens obtidas pela New Horizons, onde vemos as manchas na superfície de Plutão. Acima, mosaico de instrumentos a bordo da nave New Horizons. Crédito: Apolo11.com.

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