Sexta-feira, 26 set 2014 - 09h45
Polêmico, Stephen Hawking afirma que não existe vida após a morte
Utilizando de sua grande popularidade e reputação, o físico britânico Stephen Hawking consegue sempre chamar a atenção. Em uma polêmica entrevista, Hawking afirmou novamente que a ideia de que há uma espécie de paraíso após a morte não passa de um "conto de fadas de gente que tem medo do escuro".
![]() Clique para ampliar No entender do físico, a partir do momento que o ser humano morre e o cérebro deixa de funcionar, não existe mais nada a ser experimentado. "Considero o cérebro um computador que deixará de funcionar quando seus componentes falharem. Não há paraíso ou vida depois da morte para computadores", completou o pesquisador. Durante a entrevista, o cientista disse que a doença neurodegenerativa que o afeta, chamada esclerose lateral amiotrófica, permitiu que ele passasse a aproveitar mais a vida, apesar das grandes limitações a que é submetido. "Durante os últimos 49 anos vivi com a perspectiva de uma morte prematura. Não tenho medo de morrer, mas também não tenho pressa alguma. Além disso, tenho muito coisa a fazer antes disso acontecer."
Em 1971, Hawking provou o primeiro de muitos teoremas para a existência de uma singularidade no espaço-tempo e sugeriu a formação de primordiais ou miniburacos negros logo após o Big Bang. Junto dos físicos Bardeen e Carter propôs as quatro leis da mecânica do buraco negro, traçando um paralelo com as leis da termodinâmica. Em 1974 Hawking calculou que buracos negros deveriam criar ou emitir termicamente partículas subatômicas, que foram posteriormente batizadas de radiação Hawking. O cientista também foi o responsável, no início dos anos 80, pelos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica e junto dos pesquisadores Alan Guth, Andrei Linde e Paul Steinhardt propôs a solução dos principais problemas do modelo padrão do Big Bang.
Em seu mais recente livro "The Grand Design", Hawking contradiz suas antigas declarações sobre a ideia de um criador e sugere que "Deus não tem mais lugar nas teorias sobre criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física". Neste livro, o cientista afirma que devido à existência da gravidade é possível que o universo crie a si próprio, a partir do nada. "A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada. É a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos". Diversos pesquisadores, entretanto, aceitam com ressalvas as afirmações de Hawking, especialmente àqueles ligados aos experimentos em física de partículas. Segundo esses cientistas, Hawking "jogou pra galera", tentando novamente criar polêmica, já que não existem trabalhos conclusivos sobre a criação espontânea do universo e pesquisas nesse sentido estão apenas começando.
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