Sexta-feira, 01 ago 2008 - 10h04
Desde o dia 17 de julho, mais de 400 pinguins-de-magalhães já chegaram ao litoral da Bahia, surpreendendo a população e pesquisadores. O Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), organização não governamental credenciada pelo IBMA, está abrigando e tratando de todas as aves encontradas nas praias de Salvador.
O caminho até o litoral da Bahia é longo, e muitos chegam anêmicos, desnutridos, desidratados e hipotérmicos. É comum, os pinguins-de-magalhães alcançarem a costa brasileira todos os anos. Eles vêm do Estreito de Magalhães, na região da Patagônia, no sul da Argentina. O curioso é que normalmente as aves chegam até o litoral Sul e Sudeste, mas é raro tantos pinguins alcançarem o litoral baiano.
A primeira ocorrência de pinguins no Estado foi registrada na década de 70, quando três aves marinhas foram encontradas nas praias de Salvador. O episódio se repetiu em outros anos, mas nunca nessa quantidade. Durante o inverno, eles migram da Pantagônia para águas mais quentes, seguindo os cardumes em busca de comida. Nesta travessia de milhares de quilômetros, algumas aves acabam se separando dos bandos e ficam à deriva no mar. Especialistas acreditam que o desvio da rota este ano tenha sido favorecido pela atuação do fenômeno La Niña, que contribui para que as correntes quentes se encontrem com as correntes frias, interferindo assim na rota dos animais. Segundo o doutor em zootecnia e professor da Universidade Federal da Bahia, Cláudio Sampaio, "os animais que chegam ao litoral baiano são jovens, que buscam uma nova região para habitar. São animais que não têm muita experiência no mar, nem com as rotas migratórias, e acabam se dispersando para a região Norte". Nesta semana, pescadores econtraram nove pinguins no litoral norte de Sergipe. Três estão sob cuidados de biológos no Projeto Tamar, em Aracaju. Na tarde de ontem (31), mais uma surpresa, um pinguim conseguiu alcançar o litoral do Rio Grande do Norte. Ele foi encontrado por pescadores e levado com vida ao Áquario de Natal. Foto: Pinguins-de-Magalhães. Crédito: Zoológico de São Paulo/USP LEIA MAIS NOTÍCIAS
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