Sexta-feira, 7 out 2011 - 10h32
Uma nova imagem, feita a partir de telescópio óptico instalado no Novo México, não conseguiu detectar qualquer fragmento do cometa C/2010 X1 Elenin. Devido às condições desfavoráveis para o sensoriamento, a imagem não pode ser considerada como prova de que o cometa realmente se desintegrou completamente.
A nova cena celeste foi feita na madrugada de quinta-feira, 6 de outubro, pelo próprio descobridor do cometa, Leonid Elenin, que usou o mesmo telescópio robótico que descobriu o cometa em 2010. Leonid fez uma única exposição de 30 segundos no quadrante de onde o objeto deveria ser encontrado. Caso não tivesse desintegrado quando passou pelo periélio (maior aproximação com o Sol) em setembro de 2011, C/2010 X1 deveria ser um objeto de magnitude 12, facilmente detectável na foto, mas uma primeira análise da imagem indica que se algum fragmento resistiu ao calor da estrela sua magnitude deve ser superior a 15, menos brilhante que o planeta-anão Plutão, lembrando que quanto maior a magnitude, menor o brilho de um objeto.
No momento, um dos principais entraves para a observação do cometa é sua posição. O objeto está muito próximo ao horizonte e a imagem captada por Leonid já revela os primeiros sinais da interferência do Sol, impedindo uma observação mais sensível. À medida que o os dias passam o cometa estará nascendo mais cedo no quadrante leste e as futuras sessões de imagens sofrerão menos com os efeitos da alvorada. Ainda assim, a presença da Lua Cheia deverá novamente interferir nas observações óticas.
Quando descoberto, os pesquisadores estimavam que seu brilho máximo chegasse a 4.5 magnitudes, o que permitiria que fosse visto facilmente durante as madrugadas. No entanto, imagens feitas por astrônomos amadores antes do cometa atingir o periélio, em 10 de setembro, já mostravam um forte enfraquecimento no brilho do cometa, o que fez os observadores acreditarem que Elenin não resistiria à proximidade com o Sol. Entre os dias 23 e 28 de setembro o cometa entrou no campo de visão do coronógrafo Lasco C3, a bordo do telescópio espacial Soho, mas nenhum fragmento foi detectado, aumentando as especulações sobre a desintegração do cometa ou então que os fragmentos fossem muito pequenos para serem registrados.
Astrônomos do radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, também estudam a possibilidade sondar a zona do cometa através de pulsos de radar, talvez a única forma de registrar os possíveis restos do cometa, mas a altura do objeto no céu ainda não permite que o estudo por radar seja realizado.
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