Segunda-feira, 12 nov 2018 - 10h40
Por Rogério Leite
Em agosto de 1972, cerca de 2 mil minas terrestres explodiram sem causa aparente durante a Guerra do Vietnã. Agora, um relatório liberado por militares americanos revela que os artefatos foram detonados por forças extraterrestres, geradas por uma extraordinária explosão solar.
Gráfico mostra a quantidade de minas ativas antes e depois da tempestade solar ocorrida em agosto de 1972.
Até agora, a causa dessas detonações não havia sido explicada, mas o relatório divulgado pelas forças armadas americanas mostra que a origem dos disparos estava muito além do campo de batalha.
Assista ao Halloween Storm De acordo com o relatório de 132 páginas, em agosto de 1972 o Sol foi palco de extrema atividade magnética, gerada ao redor da Região Ativa 11976. Naquela ocasião, os astrônomos registraram uma longa série de flares solares e erupções de plasma que produziram ventos solares extramente rápidos, que causaram blecautes elétricos na Terra. Ainda segundo o relatório, as minas terrestres usadas na operação tinham como mecanismo de gatilho a variação do campo magnético, que ao menos em teoria, deveria ser produzido pela passagem de veículos com massas de metal, como o ferro e aço. O relatório também confirma que foram semeadas 2048 minas, chamadas DST 36 e que após a tempestade solares de agosto foi necessário um grande esforço de “novo plantio de minas”, já que quase todas as minhas foram ativadas por "alguma força magnética".
Em 2015, a tempestade "Dia de São Patrick" gerou um pico de -222 nT, enquanto a tempestade Halloween Storm, em 2003, atingiu -383 nT. Em ambos os casos, as tormentas provocaram intensas auroras austrais, mas nenhuma delas detonou minhas magnéticas ainda instaladas, o que intrigou alguns especialistas. Segundo os pesquisadores, a tempestade de agosto de 1972 chegou a marcar -125 nT, mas suas características podem ter sido diferentes daquelas observadas em 2003 e 2015. Segundo alguns estudiosos, as ejeções de massa coronal observadas alguns horas antes poderiam ter aberto uma trilha ionizada para algum flare em particular, o que permitiu ele chegasse à Terra mais concentrado e em menos da metade do tempo que normalmente ocorreria. Diante do relatório divulgado, os cientistas passaram a chamar o evento de agosto de 1972 de "tempestade de classe Carrington", referindo-se a poderosa tempestade solar ocorrida em 1859, que causou a maior anomalia magnética já obervada na Terra. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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