Sexta-feira, 7 abr 2006 - 08h21
Um relatório, divulgado nesta quinta-feira pelo grupo ambientalista Greenpeace aponta que o consumo mundial de soja produzida na região amazônica contribui de forma substancial pela destruição da floresta tropical, o que incentiva o desmatamento, roubo de terras além de aumentar a violência contra as comunidades da região.
O relatório, intitulado "Comendo a Amazônia", descreve ainda o caminho que a soja amazônica faz desde o seu cultivo até o destino final, segundo o Greenpace, nas prateleiras de supermercados e redes de fast-food da Europa. Comendo a Amazônia é um relatório técnico, baseados em imagens de satélites, pesquisas de campo e análise de dados oficiais da regiões produtoras e levou um ano para ser completado.
O Greenpeace acusa três multinacionais norte-americanas da área agrícolas, a ADM, Bunge e Cargill, pela invasão da Amazônia e de acelerar o desmatamento ilegal, em grande parte das vezes feito com trabalho escravo, além da grilagem das terras públicas e uso de violência contra comunidades locais. As três companhias citadas controlam a maior parte do mercado de soja europeu. Segundo Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia, as empresas estão destruindo a maior floresta tropical do mundo para dar lugar à soja, que será usada em alimentação para o e frango na Europa. "Depois este gado e este frango será vendido no Mc Donald’s mais próximo e você pode estar comendo um pedaço da Amazônia”, disse Adário. Antes de dar um parecer sobre o relatório, um representante europeu do McDonald´s informou que a rede analisará o relatório e investigará as alegações.
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