Quinta-feira, 22 set 2005 - 06h46
Com força suficiente para causar danos catastróficos, o furacão Rita, de categoria 5, continua avançando em direção à costa americana, dentro das águas quentes do golfo do México.
Rita é mais intenso que Katrina, que no final de agosto praticamente devastou a cidade costeira de New Orleans, causando mais de 1000 mortos e um prejuízo estimado em mais de 200 bilhões de dólares. Em boletim emitido na noite de ontem, o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA classificava Rita como o terceiro maior furacão da história, produzindo ventos sustentados de 280 km/h. A pressão barométrica no centro da tempestade também é recorde entre os furacões da bacia do Atlântico norte: 897 hPa, atrás somente do furacão Gilbert que em 1988 registrou 888 hPa e do furacão "Dia do Trabalho", que em 1935 atingiu 892 HPa. Previsores acreditam que o centro de Rita atinja qualquer localidade entre as cidades texanas de Corpus Christi e Galveston. Devido à força e tamanho da tormenta, cujos ventos atingem até 600 quilômetros desde seu centro, os efeitos poderão se extender bem mais além do ponto de impacto.
Modelos numéricos de previsão (gráfico acima), gerados por supercomputadores do NHC, mostram que Rita deve atingir o continente no sábado, entre o extremo noroeste do México e o sul da Louisiana. As maiores chances de impacto indicam a região central da costa do Texas, mais precisamente a cidade de Galveston, que em 1900 foi seriamente atingida por outro furacão. A cidade tem 60 mil habitantes. Em Corpus Christi, o prefeito Henry Garret autorizou a evacuação obrigatória das mais de 250 mil pessoas que vivem nas áreas costeiras. Garret informou que todas as 13 mil pessoas que moram nas ilhas de Padre e Mustang devem deixar suas casas até o meio-dia. No sul do Texas, autoridades responsáveis pelo gerenciamento da usina nuclear Texas Project estão de prontidão para o desligamento dos dois reatores do complexo. A usina é responsável pelo abastecimento de energia para mais de 1 milhão de pessoas e é capaz de suportar o impacto direto de um Boeing 767. Em boletim emitido às 06h00 (Hora de Brasília), o Centro Nacional de Furacões informamou que o centro do furacão Rita localizava-se dentro do golfo do México, sobre as coordenadas 24.9 N e 88.0 W, aproximadamente a 830 km a sudeste de Galveston e 990 km a este-sudeste de Corous Christi, ambas no Texas. Rita move-se em sentido oeste-noroeste a 15 km/h e deve continuar este movimento pelas próximas 24 horas. Informes de um avião caça-furacão indicam que os ventos máximos sustentados atingem a marca de 280 k/h com rajadas chegando à impressionante marca de 351 km/h. Isso faz de Rita um dos mais violentos furacões já registrados, com ventos capazes de produzir danos catastróficos. Segundo o boletim, pequenas variações de intensidade podem ocorrer. No momento do boletim, a pressão barométrica era de apenas 897 hPa (hectoPascal). Isse valor coloca Rita entre os três mais intensos furacões já registrados na bacia atlântica.
Veja abaixo como se forma um furacão
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