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Quarta-feira, 1 jun 2011 - 10h57

Robô inglês ajuda a revelar os segredos da Grande Pirâmide

Um pequeno robô, capaz de entrar em túneis e subir em paredes revelou, pela primeira vez, hieróglifos perdidos há mais de 4500 anos no interior da Grande Pirâmide de Quéops, no Egito. Os escritos foram grafados em tinta vermelha e estavam atrás de uma parede, ocultos em uma câmera secreta.

Batizado de Djedi, o robô explorador foi criado por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e está sendo utilizado por uma equipe internacional de cientistas que estudam a construção da pirâmide. Dotado de uma câmera de apenas 8 milímetros, chamada "snake", o robô penetrou em um compartimento instalado ao final de um longo corredor e que segundo os pesquisadores seria impossível de ser explorado por um ser humano.

Além da câmera ultracompacta, Djedi conta com outros equipamentos que devem ajudar bastante no estudo da pirâmide. Entre eles está um dispositivo de ultrassom capaz de medir espessura de paredes e um segundo robô satélite, chamado "Besouro", que pode penetrar em espaços de até 19 milímetros.

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Descoberta
Durante os trabalhos, o pequeno robô subiu pelas paredes de um fosso e com auxílio da câmera Snake registrou imagens nunca antes vistas pelos arqueólogos.

As cenas mostravam hieróglifos feitos com tinta vermelha, que no entender dos estudiosos foram feitos pelos homens que trabalharam na construção do monumento. Até agora, apenas na câmara do Rei haviam sido encontradas marcas parecidas.

Além das marcas, o robô também revelou detalhes interessantes dentro da câmara, entre eles dois pequenos pinos forjados em cobre localizados logo na entrada do local. Segundo Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a presença dessas peças intriga há mais de 20 anos os arqueólogos. "Esses pinos são os únicos metais usados na construção da Grande Pirâmide, mas até agora não sabemos para que servem", disse o egiptólogo que também pertence à equipe que trabalha com o robô Djedi.

As novas imagens foram feitas de um ângulo inédito e mostram detalhes que deverão ajudar a entender se os pinos eram usados como simples maçanetas ou se faziam parte de um sistema mais complexo.


Mais mistérios
A próxima missão do robô Djedi será estudar a parede oposta da câmara e tentar descobrir se o local é de fato apena uma barreira ou se trata de outra porta ou passagem que leva a mais uma câmara secreta. Para isso Djedi será equipado com uma pequena furadeira, que removerá parte do material do local na tentativa de revelar um pouco mais os segredos da Grande Pirâmide.


Fotos: no topo, robô Djedi desenvolvido pela Universidade de Leeds, na Inglaterra. Na sequência, o pesquisador independente Dr. Ng Tze Chuen introduz o robô em um dos túneis dentro da pirâmide. Créditos: Universidade de Leeds/Apolo11.com.

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"As composições de Bach são desprovidas de beleza, harmonia e claridade melódica" - Johann Adolf Scheibre - crítico musical em 1773 -