Segunda-feira, 24 set 2018 - 08h33
Por Rogério Leite
A Agência Espacial Japonesa, JAXA, confirmou que os dois pequenos robôs da missão da missão Hayabusa2 desceram com sucesso na superfície do asteroide Ryugu. Como planejado, os robôs saltaram na superfície e enviaram as primeiras fotos da rocha espacial.
Primeira foto feita na superfície do asteroide Ryugu. A cena foi capturada pelo oala sobda ROBOT-1A, em 22 de setembro de 2018. Segundo a JAXA, os robôs foram ejetados do módulo Minerva II-1 na sexta-feira, 21 de setembro, de uma altitude de 55 metros e não foram danificados, uma vez que a gravidade da rocha não tem força suficiente para criar uma força de impacto considerável. Estima-se que a gravidade de Ryugu seja aproximadamente 60 mil vezes mais fraca que a da Terra, o que torna praticamente impossível aos robôs o habitual movimento sobre rodas. Assim, optou-se pelo método de deslocamento através de saltos, feitos através de uma pequena massa móvel acondicionada no interior de cada robô.
Foto feita pela sonda ROBOT-1B, instantes após a separação do módulo minerva II-1, de uma distância de 55 metros da superfície do asteroide Ryugu, em 21 de setembro de 2018. Os robôs, batizados Robot-1A e Robot-1B desceram em localidades diferentes de Ryugu e têm a função de coletar as primeiros impressões científicas do asteroide, como temperatura, radiação e intensidade gravitacional.
Mascot (Mobile Asteroid Surface Scout) carrega 10 quilos de instrumentos, que coletarão diversos dados científicos sobre o asteroide. Entre os instrumentos, Mascot carrega uma câmera grande angular capaz de registrar cenas em 10 comprimentos de onda diferentes, um microscópio digital para estudar os minerais da superfície, uma radiômetro para medir a temperatura e um magnetômetro, para estudar o campo magnético do asteroide. Depois de chegar à superfície Mascot só poderá mudar de posição uma única vez, por meio de um salto. Segundo os cientistas japoneses, a superfície de Ryugu é bastante irregular, o que faz com que os locais de pouso tenham que ser escolhidos com muito cuidado. Próximo ao polo sul do asteroide, por exemplo, há uma feição de 130 metros de altura.
Para completar a missão, a nave mãe Hayabusa-2 descerá em uma das crateras com o objetivo de coletar material. Alguns dias depois a sonda decolará do asteroide e trará o material recolhido para ser estudado na Terra.
Atualmente (setembro de 2018) 162173 Ryugu está a 300 milhões de quilômetros da Terra, próximo ao período de conjunção solar, quando as comunicações entre a Terra e a missão serão interrompidas por alguns dias. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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