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Quarta-feira, 28 jan 2009 - 09h50

Rússia ignora crise e dobra orçamento de pesquisa espacial

Apesar dos grandes avanços científicos realizados pelas agências espaciais dos EUA e da Europa, no ano de 2008 quem dominou o lançamento de missões ao espaço foi mesmo a Rússia. Segundo a Federação Espacial da Rússia, a Roscosmos, no ano passado o país lançou mais foguetes ao espaço do que as duas agências espaciais juntas.

Em nota divulgada na última terça-feira a Roscosmos confirma que em 2008 a Rússia lançou ao espaço 23 foguetes e colocaram 43 naves na órbita da Terra, enquanto os EUA lançaram apenas 15 foguetes e 17 artefatos orbitais. A ESA, a agência Espacial Européia lançou seis foguetes e colocou um objeto em órbita enquanto o Japão colocou apenas um satélite em órbita.

No total, em 2008 foram lançados 68 foguetes e 102 naves, incluindo aí a colocação em órbita do primeiro astronauta chinês e o lançamento da sonda lunar indiana Chandrayaan-1.

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País ignora crise
Os números russos parecem justificar o investimento do país no setor aeroespacial. Enquanto o país investiu 19.4 bilhões de dólares no programa de desenvolvimento, os EUA investiram 17.9 bilhões, a ESA 4.2 bilhões e o Japão 1.6 bilhão. Diferente dos outros países, em 2009 a Rússia não reduzirá o orçamento na área espacial devido à crise mundial. Ao contrário. Segundo a Roscosmos o orçamento será dobrado e atingirá 39 bilhões de dólares, o mesmo nível de investimento de 1989, quando o país mantinha no espaço a Estação Espacial Mir.

A maior parte do orçamento russo será destinada à construção de um novo cosmódromo na região de Amur, próximo à fronteira com a China. O objetivo da Rússia será retomar a exploração do Sistema Solar, enviando sondas à Lua e a Marte nos próximos seis anos.

O volume de recursos destinado à pesquisa espacial mostra claramente que a Rússia tem planos mais ambiciosos do que levar sondas a Marte ou a Lua. O setor é visto como estratégico tanto economicamente como militarmente e manter satélites de observação de última geração sobre os escassos recursos naturais terá grande impacto nos próximos anos.


Enquanto isso...
No Brasil a crise econômica do final de 2008 atingiu diretamente a área científica, que teve seus parcos recursos reduzidos em quase 20%, com impacto direto na pesquisa espacial e desenvolvimento tecnológico. O programa espacial brasileiro teve início em 1961 com a criação da Missão Espacial Brasileira (MEB), sucedida pela Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) em 1980. Quase meio século se passou e até hoje o país não colocou nenhum satélite no espaço com seus próprios recursos.



Foto: Estação Espacial MIR, fotografada a partir do ônibus Espacial Discovery, em 12 de junho de 1998. A MIR foi lançada em fevereiro de 1986 e manteve-se em órbita durante 15 anos. Durante esse tempo o complexo recebeu sete importantes upgrades e foi visitado por vinte e sete missões internacionais de vinte diferentes nações. A nave reentrou na atmosfera em 23 de março de 2001, sobre o oceano Pacífico. Crédito: NASA/PD-USGov-NASA.

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