Quinta-feira, 25 nov 2010 - 09h04
Localizado no Estreito de Sunda, na Indonésia, Kracatoa é uma dos vulcões ativos mais vigiados do mundo e faz parte dos 100 alvos mais importantes que são monitorados automaticamente pelo satélite de sensoriamento remoto EO-1, da Nasa.
Clique para ampliar Em 27 de agosto de 1883, o vulcão produziu a maior erupção já documentada, arremessando rochas e cinzas a mais de 27 mil metros de altura. O som de sua explosão foi tão intenso que pode ser ouvido a mais de 5 mil quilômetros de distância e é considerado o ruído mais elevado já produzido na Terra. De acordo com especialistas, todo o Planeta reverberou por mais de 9 dias seguidos. Antes da grande explosão, havia na região três grandes ilhas: Rakata, Denan e Perboewatan e sobe essa última Kracatoa erguia-se a quase 2 mil metros de altitude. Após a explosão, Denan e Perboewatan foram reduzidas a pó, enquanto Rakata teve seu flanco oriental praticamente desintegrado.
Entretanto, Kracatoa não cessou sua atividade e diversas erupções continuaram a acontecer. Um lago formou-se sobre a antiga cratera e uma nova estrutura rochosa passou a se desenvolver. Essa formação é chamada de Anak Kracatoa, ou Filho de Kracatoa e é sobre ela que as atenções estão voltadas. Diariamente, Anak Kracatoa expele cinzas e material vulcânico, que o faz crescer ainda mais. Atualmente, a montanha de material piroclástico já tem 815 metros de altura e cresce pelo menos 5 metros todos os anos. A última erupção de Anak Kracatoa ocorreu em 2009 e constantemente a montanha é colocada sob risco 2 de erupção. Saber se Kracatoa vai produzir uma nova erupção igual a de 1883 é uma tarefa árdua, o que torna o trabalho de observação extremamente importante, seja através de instrumentos inseridos diretamente na montanha ou através de imagens de satélites, que o orbitam diariamente.
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