Quarta-feira, 8 dez 2010 - 11h07
Quase sete meses depois de lançada, a sonda japonesa Akatsuki não conseguiu entrar na órbita venusiana como estava previsto. Segundo os cientistas, a nave acionou os motores de inserção no momento programado, mas uma falha ainda não identificada fez com que o artefato ultrapassasse o ponto de entrada na atmosfera, arremessando a sonda em direção ao espaço.
Os primeiros sinais de que algo estava incorreto foi percebido logo após o acionamento dos motores, quando a sonda se localizava atrás do planeta. Devido à posição, os engenheiros esperavam um blecaute de comunicação de aproximadamente 22 minutos, mas o silêncio só foi quebrado quase 1 hora e meia depois, quando o contato foi restabelecido. "Confirmamos que a nave Akatsuki não foi injetada na órbita planejada", disse o chefe do projeto Masato Nakamura. "Lamentamos profundamente que não tenhamos conseguido corresponder às expectativas do público", completou o especialista durante a conferência de imprensa.
Um dos principais objetivos seria determinar como Vênus - em muitos aspectos semelhante à Terra - tornou-se um mundo tão inóspito, com espessas nuvens de ácido sulfúrico e temperaturas de superfície capazes de derreter até chumbo. Akatsuki, também conhecida como Vênus Climate Orbiter (VCO) ou PLANET-C (as sondas planetárias japonesas recebem o nome PLANET-XX antes do lançamento) é a primeira sonda japonesa destinada ao estudo de Vênus. Tem uma massa ao lançamento de 500 kg e sua estrutura principal mede 1,04 x 1,45 x 1,4 metros. Se conseguir entrar na órbita planejada, sobrevoará o planeta em uma altitude que deverá variar entre 300 km e 80 mil km, com um período entre órbitas de 30 horas.
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