Quarta-feira, 25 mar 2009 - 09h02
O dióxido de carbono, formado em grande parte pela queima incompleta dos combustíveis fósseis é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. No entanto, outros gases são ainda mais eficientes na retenção do calor na atmosfera, entre eles o metano, também liberado em processos naturais. Recentemente, os cientistas alertaram para um novo gás que vem se acumulando lenta e perigosamente em nossa atmosfera: o trifluoreto de nitrogênio, largamente empregado na indústria eletrônica, especialmente na fabricação dos monitores de cristal líquido.
Em recente pesquisa publicada pelo "Journal of Geophysical Research", pesquisadores norte-americanos e australianos confirmaram que a capacidade de retenção de calor pelo trifluoreto de nitrogênio (NF3) é cerca de 12 mil vezes maior que o dióxido de carbono (CO2). O irônico é que o NF3 foi justamente o gás escolhido pela indústria para substituir os perfluorocarbonos, também altamente eficientes na retenção do calor atmosférico e ativos por mais de 50 mil anos. Além do NF3 os cientistas também confirmaram que outro composto, o fluoreto de sulfurila (SO2F2), começa a se acumular na atmosfera de forma lenta e gradual. O SO2F2 é usado largamente nas aplicações de fumigações e foi escolhido para substituir o brometo de metila, um dos principais responsáveis pela ampliação do buraco na camada de ozônio.
"As informações sobre abundância desses gases em nossa atmosfera, seu crescimento, tempo de vida e emissões estão começando a ser mensuradas", disse o cientista Paul Fraser, do Centro Australiano para Pesquisas de Tempo e Clima. "Os níveis atuais desses gases ainda são baixos, mas as concentrações estão crescendo a cada ano. Isso preocupa porque os dois gases têm altíssimo potencial de aquecimento global", explicou. Segundo Fraser, a pesquisa poderá forçar uma revisão no Protocolo de Kyoto ainda este ano. "As novas emissões deverão ser adicionadas à atual cesta de gases do efeito estufa (dióxido de carbono, metano, óxidos nitrosos, hidrofluorcarbonos, etc.), obrigando as indústrias a descobrir novas alternativas aos atuais processos de fabricação e matéria prima.
Todo o processe que cria o efeito estufa é natural. Caso não existisse, a temperatura da superfície seria cerca de 34 graus mais baixa, praticamente impedindo a vida na Terra. Alguns gases, como dióxido de Carbono, criam uma espécie barreira, exatamente igual a uma estufa, daí o nome do efeito. Essa barreira deixa passar livremente os raios solares, mas impede que o calor saia. Pelo exposto, é fácil concluir que um aumento no nível de CO2 na atmosfera aumentará a quantidade de calor aprisionado. Esse aumento de temperatura pelo efeito estufa é a causa primária do fenômeno do aquecimento global. Como se vê, o Efeito Estufa gerado naturalmente pela natureza é fundamental para a vida na Terra. No entanto, se a composição dos gases for alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra também sofrerá mudanças. O CO2 é responsável por cerca de 64% do efeito estufa e é formado pela queima incompleta dos combustíveis fósseis, entre eles o petróleo, gás natural, carvão, desmatamento e morte natural das florestas.
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