Segunda-feira, 22 jan 2018 - 09h28
Por Rogério Leite
A rápida expansão do magma abaixo da cidade de San Clemente, no Chile, está chamando a atenção de autoridades e especialistas. A pressão está provocando o levantamento do solo da Lagoa de Maule e pode indicar futura a erupção de um supervulcão submerso.
Imagem de satélite mostra localização e formato de Laguna del Maule Dados coletados pelo Serviço Nacional de Geologia e Mineração, Sernageomin, mostram que o leito do lago Maule está crescendo cerca de 30 centímetros ao ano de forma constante. Essa expansão é considerada a maior taxa soerguimento de solo em todo o mundo, superando aquele provocado pelo supervulcão Yellowstone, nos EUA. O lago de Laguna del Maule está localizado no campo de vulcões que leva o mesmo nome, próximo à fronteira entre Chile e Argentina. O lago jaz acima de uma gigantesca caldeira vulcânica ativa, abaixo da qual o magma se movimenta e tenta chegar à superfície.
Embora a atividade vulcânica na região seja bastante comum, a velocidade de soerguimento do solo de Maule devido à expansão do magma vem preocupando especialistas em todo o mundo, já que a explosão do supervulcão teria consequências catastróficas. Ilustração mostra a formação de magma abaixo de Laguna del Maule. De acordo com Cristian Farías, doutor em Geologia pela Universidade de Bonn, na Alemanha e professor da Universidade Católica de Temuco, no Chile, essa elevação marcante da elevação do solo do lago indica que há uma gigantesca pressão formada por magma, gases e resíduos do solo que buscam um caminho para exaustão. "Não podemos afirmar que há chances de explosão em curto prazo, mas as condições são preocupantes", disse Farías. "A velocidade de soerguimento é fantástica e não há nada semelhante em qualquer outro supervulcão conhecido", explicou o cientista. Vista Panorâmica de Laguna del Maule, no Chile, cujo leito do lago está se erguendo 30 cm/ano deivo à força do magma abaixo da superfície. Sebastian Garcia, diretor de monitoramento vulcânico de Serviço Arqueológico Mineiro Argentino, tem a mesma opinião que Farías. Para Garcia, as sondagens indicam uma enorme quantidade de magma abaixo do solo e os sismos gerados indicam a movimentação da rocha líquida.
Inicialmente, a expressão não era um termo técnico utilizado em vulcanologia, mas desde 2003 e 2004, o termo passou a ser utilizado em artigos. A classificação de um supervulcão também não muito clara e muitas vezes pode ser bastante confusa e arbitraria. Alguns pesquisadores consideram Laguna del Maule um supervulcão, outros não. Análises geológicas e feitas por imagens de satélite mostram que os supervulcões formam grandes caldeiras parecidas com crateras, enquanto os vulcões comuns possuem normalmente um domo em forma de cone devido ao processo acumulativo da lava expelida do topo. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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