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Terça-feira, 17 fev 2009 - 09h31

Supostos óvnis americanos não são restos de satélites

Nos últimos dias, diversas reportagens vistas na TV e na internet mostraram alguns fragmentos brilhantes que foram registrados nos céus dos Estados americanos do Texas e do Kentucky e que imediatamente foram associados a óvnis ou à reentrada dos restos da colisão espacial entre dois satélites, ocorrida alguns dias antes.

No Texas, os brilhantes fragmentos foram observados às 11 horas da manhã de domingo (15 fev) na cidade de Austin e foram registrados pelas câmeras que transmitiam uma maratona local. O evento ocorreu um dia após a FAA - Administração Aeronáutica dos EUA - emitir um alerta aos pilotos para redobrarem a atenção devido à possível queda de fragmentos dos restos da colisão entre os satélites Iridium 33 e Cosmos 2251.

No Kentucky o avistamento do meteoro ocorreu no dia 13 às 10 horas da manhã, dois dias antes do evento de Austin, quando a população do centro do Estado viu uma grande bola de fogo esverdeada seguida de uma forte explosão, que segundo relatos fez tremer as casas.

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Meteoróide
Apesar da grande coincidência entre a colisão dos satélites e o avistamento das bolas de fogo sobre os EUA, ao que tudo indica os dois avistamentos noticiados pela imprensa têm todas as características de serem eventos naturais, causados pelo impacto de algum meteoróide contra a atmosfera terrestre.

A alta velocidade do objeto registrado sobre o Texas é tipicamente a de um meteoróide atingindo a atmosfera terrestre a dezenas de quilômetros por segundo, ao contrário da velocidade de lixo espacial, que penetra a atmosfera a uma fração desse deslocamento.

O choque entre o satélite americano Iridium 33 e o russo Cosmos 2251 ocorreu aproximadamente a10 km/s e nenhum dos fragmentos restantes teria tamanho suficiente para produzir os estrondos ouvidos em diversas partes do Estado de Kentucky.

O astrônomo Bill Cooke, do Departamento de Estudos de Meteoros, da Nasa, assistiu ao vídeo confirmou que a bola de fogo observada foi um evento natural. Segundo Cooke, as análises indicam que a causa do meteoro é um asteróide de classe-meter se deslocando a pelo menos 20 km/s, ou 72 mil km/h.


Norad não confirma
Apesar do comunicado da FAA pedir maior atenção dos pilotos, o Comando de Defesa Aérea dos EUA, NORAD, não emitiu qualquer comunicado sobre a reentrada de lixo espacial sobre os Estados do Texas ou Kentucky. O Norad é o órgão monitora todos os satélites e objetos que orbitam nosso planeta e informa os elementos orbitais necessários para o rastreio e cálculo de posição.

Um detalhe que reforça a impossibilidade de que os objetos sejam parte dos satélites é a característica de suas órbitas. Enquanto os restos do Iridium 33 se deslocam em órbita polar, no sentido norte-sul ou sul-norte, as bolas de fogo se deslocavam em sentido leste-oeste.

Outro dado que completa as informações é que o Norad continua emitindo os elementos orbitais para o rastreio dos satélites. O último conjunto de elementos orbitais - também chamados de elementos keplerianos - foi emitido às 04h00 desta madrugada (17/fev) e permitiram confirmar que a maior nuvem de detritos se localiza a 780 km de altitude e deverá demorar muitos meses para atingir a alta atmosfera terrestre e se incendiarem.

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Clique e entenda como acontece a reentrada espacial
Clique e rastreie os fragmentos do Iridium 33


Vídeo: Créditos: Youtube/CNN/Vídeo 8 Austin TV.

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