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Quinta-feira, 10 mai 2012 - 09h56

Telescópio Hubble usará Lua como espelho para observar Vênus

Nos próximos dias 5 e 6 de junho, o planeta Vênus transitará na frente do disco solar e representará um interessante desafio para os cientistas espaciais. Como o telescópio Hubble não pode apontar diretamente para o Sol, os pesquisadores vão tentar utilizar uma cratera da Lua como espelho refletor.

Cratera Tycho
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O local escolhido para essa finalidade foi a cratera de impacto Tycho, um dos locais de choque mais violento da superfície lunar e amplamente observada daqui da Terra, tanto por astrônomos amadores como profissionais.

A observação que será feita pelo telescópio Hubble será similar àquelas que já estão sendo usadas para estudar a atmosfera dos gigantescos planetas extrasolares no momento em que passam na frente de suas estrelas.

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Apesar de a composição química da atmosfera de Vênus já ser bem conhecida, o evento dos dias 5 e 6 de junho permitirá aos cientistas testarem essa nova técnica e avaliar as chances de detecção da mínima assinatura espectral de um planeta parecido com a Terra. E nada melhor que o planeta Vênus, pois tem massa e tamanho similares aos da Terra.

Durante o experimento, uma série de instrumentos científicos a bordo do Hubble serão usados, entre eles a Câmera Avançada para Pesquisas (Advanced Camera for Surveys), Câmera Grande Angular 3 (Wide Field Camera 3) e o Espectrógrafo de Imagens do Telescópio Espacial (Space Telescope Imaging Spectrograph). Juntos, esses instrumentos observarão o trânsito em diversos comprimentos de onda, desde o ultravioleta até infravermelho próximo.

O experimento deverá durar 7 horas e as observações serão feitas antes, durante e depois do trânsito. Durante o evento, o telescópio estará apontado para a gigantesca cratera lunar e registrará a variação luminosa provocada pela passagem de Vênus na frente do Sol. Os cientistas estimam que aproximadamente 1/100.000 da luz solar será filtrada pela atmosfera de Vênus, mas deverá ser suficiente para que análise espectroscópica revele as assinaturas dos elementos químicos contidos na atmosfera venusiana.

De acordo com a Nasa, que realizará o experimento, o Hubble ficará apontado para a cratera Tycho por mais de 7 horas e durante 40 minutos de cada órbita a Lua ficará encoberta pela Terra, impossibilitando as observações. Durante os testes de observações que serão realizados, os astrônomos querem ter certeza de que eles podem apontar o telescópio precisamente na mesma área.

Vênus transita na frente do Sol em pares de oito anos e a última vez que isso aconteceu foi em 2004. Depois do evento de junho de 2012, o próximo trânsito de Vênus só acontecerá em 2117, ou seja, daqui a 105 anos.


Foto: Cratera Tycho fotografada pela Câmera Avançada para Pesquisas a bordo do telescópio espacial Hubble. Tycho tem 80 quilômetros de largura e é rodeada por uma borda que se ergue a mais de 5 quilômetros de altura desde a base da cratera. Crédito: NASA/ESA/D. Ehrenreich, Apolo11.com.

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