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Segunda-feira, 10 out 2011 - 06h39

Telescópio VLT registra estrela hipergigante próxima da explosão

Utilizando imagens captadas pelo telescópio VLT, instalado nos Andes chilenos, astrônomos do ESO, Observatório Europeu do Sul, registraram uma colossal estrela pertencente à rara classe das hipergigantes amarelas. O gigantesco objeto tem mil vezes o diâmetro do Sol e seu brilho é 500 mil vezes mais intenso.

IRAS 17163-3907 - Nebulosa do Ovo Frito
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Batizada de IRAS 17163-3907, a estrela se localiza a 13 mil anos-luz da Terra na constelação do escorpião e é a hipergigante amarela mais próxima de nós encontrada até hoje. Seu formato se parece com a clara de um ovo ao redor de sua gema, o que levou os pesquisadores a dar-lhe o sugestivo nome de Nebulosa do Ovo Frito.

De acordo com Eric Lagadec, astrônomo ligado ao ESO e líder da equipe que produziu a imagem, os cientistas já sabiam que IRAS 17163-3907 brilhava intensamente no comprimento de onda do infravermelho, mas até hoje ninguém havia identificado que se tratava de uma hipergigante amarela.

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De modo geral, uma hipergigante amarela é uma estrela altamente densa, com massa estimada entre 20 e 50 massas solares. São objetos que estão numa fase extremamente ativa da sua evolução e que sofrem uma série de eventos explosivos que resultam num periódico ou contínuo brilho.

Em apenas algumas centenas de anos, as hipergigantes amarelas ejetam mais de quatro vezes a massa solar, o que lhes confere a extensa concha observada na imagem, constituída de gás e poeira rica em silicatos.

As observações da estrela e a descoberta de suas conchas exteriores foram feitas através da câmara de infravermelho médio VISIR acoplada no telescópio VLT. As imagens captadas passaram por três filtros coloridos e são os primeiros registros que mostram nitidamente o material que rodeia a estrela e revelam claramente as duas conchas quase perfeitamente esféricas do objeto.

Devido à sua taxa extremamente rápida de consumo do combustível nuclear, as hipergigantes amarelas permanecem poucos anos na sequência principal de seu desenvolvimento antes de se destruírem em uma explosão supernova ou hipernova.

As medições mostram que a concha exterior tem um raio 10 mil vezes maior que a distância da Terra ao Sol, tão grande que se fosse colocada no centro do Sistema Solar seu tamanho englobaria todos os planetas, planetas anões e ainda alguns dos cometas que orbitam muito além da órbita de Netuno.

A violenta atividade nuclear mostra que IRAS 17163-3907 deverá em breve sofrer uma violenta explosão supernova. Como resultado, a onda de choque e o material ejetado fornecerão os elementos necessários à formação de novas estrelas em nossa Galáxia.

Supernova
Estrelas similares ao nosso Sol terminam sua vida quando consomem totalmente suas reservas de hidrogênio, ardendo em uma silenciosa e gigantesca expansão de diâmetro. No entanto, estrelas com oito ou mais vezes a massa solar, como IRAS 17163-3907, finalizam sua vida de modo muito mais cataclísmico.

A fusão nuclear continua mesmo após a exaustão do hidrogênio, produzindo elementos pesados em diferentes camadas. O processo continua até que o núcleo estelar se transforme em ferro, quando então outro fenômeno ocorre: devido à descomunal temperatura e pressão, os átomos do ferro também se rompem em seus componentes prótons e nêutrons. Quando isso acontece as camadas superiores ao núcleo desmoronam, lançando ao espaço o resto do material estelar, produzindo um poderoso clarão chamado flash da supernova.

A explosão é descomunal. Em poucos dias a supernova libera mais energia que nosso Sol em toda a sua vida. A explosão é tão brilhante que mesmo ocorrendo a centenas de anos-luz de distância pode ser vista da Terra até durante o dia.

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