Terça-feira, 28 jun 2005 - 06h59
Com uma profundidade de campo sem precedentes e com o poder de vasculhar, de uma única vez, uma área no céu do tamanho de uma lua cheia, a nova lente angular do Telescópio Britânico para o Infravermelho (Ukirt) pode tornar-se uma ferramenta importante para os astrônomos nos próximos meses.
As primeiras imagens feitas com o equipamento, na sexta-feira (24/6), atestaram o seu poder. A lente - montada em Edimburgo, na Escócia, mas instalada em um telescópio no Havaí - é 20 vezes mais potente do que as de hoje. Por funcionar dentro do espectro do infravermelho ela tem condições de captar a luz de objetos distantes, como os quasares, que não são identificados pelas lentes normais, por causa da expansão do Universo. Esse processo impede que a luz chegue a um observador na Terra dentro do comprimento de onda do visível. A foto acima mostra a galáxia Whirlpool vista pela lente 20 vezes mais potente.
Uma das expectativas é a obtenção de mais detalhes sobre o fim da era das trevas do Universo. Passados 750 milhões do Big Bang, acreditam os astrônomos, as primeiras galáxias e os quasares começaram a brilhar. Outra missão que faz parte do projeto que engloba a nova lente é a descoberta de sistemas solares vizinhos ao da Terra. Os dados gerados pelo novo equipamento poderão ser usados por pesquisadores de todo o mundo. O trabalho de processar as imagens, entretanto, será restrito a um grupo de cem pessoas, que serão, praticamente, os mapeadores do universo. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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