Telescópio no Chile será modernizado com participação do Brasil

Um dos contratos, feito com a Universidade de Liverpool, permitiu a compra de um conjunto de fibras óticas especiais que permitem, por exemplo, analisar simultaneamente 1300 pontos diferentes de uma mesma gálaixa.

Bruno Castilho, pesquisador do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) é um dos responsáveis pelo desenvolvimento da rede de fibras ópticas. E aí entra o Brasil, como investidor majoritário na construção do observatório, com recursos eederais e do Estado de São Paulo.

Os outros parceiros são americanos: o Observatório Nacional de Astronomia Óptica, a Universidade da Carolina do Norte e a Universidade Estadual de Michigan.

O trabalho de desenolvimento das fibras óticas foram realizados em Minas Geriais, em um espectrógrafo que será instalado no observatório já no próximo semestre.

Com a chegada do novo equipamento alimentado pelas 1300 fibras ópticas, o telescópio SOAR contará com seis aparelhos deste tipo. O astrônomos poderão então escolher qual espectrógrafo usar em cada momento, dependendo do tipo de pesquisa realizadas. Segundo Castilho, pelo menos 50 cientistas estão envolvidos diretamente na construção dos equipamentos.

O observatório SOAR fica a 2701 metros de altitude no meio dos Andes chilenos, no norte do país. Toda a construção tem 700 metros quadrados e uma cúpula de 20 metros de altura.

O telescópio foi inaugurado em 2004 e com o passar dos anos tem dedicado mais tempo à observação científica do que a trabalhos de ajuste. Hoje, o observatório desfruta em média 300 noites de observação astronômica por ano. Nos outros dias são feitas manutenções, como o ajuste dos espectrógrafos.

Foto: Cúpula do Telescópio SOAR, nos Andes chilenos. Crédito: SOAR