Sexta-feira, 10 nov 2016 - 11h15
Por Rogério Leite
Um novo estudo afirma que o violento impacto do hipotético planeta Theia contra a Terra há 4.5 bilhões foi tão intenso que fundiu as duas massas em um único objeto. A parte ejetada resultou em uma bolha de magma que posteriormente deu origem à Lua.
Acredita-se que Theia tenha colidido com a Terra 100 milhões de anos após a formação do Sistema Solar O novo estudo corrobora a "teoria do impacto" que deu origem à Lua, mas a falta de grandes fragmentos de Theia em qualquer parte do Sistema Solar, aliado ao fato de que a composição química da Lua e da Terra são praticamente as mesmas, fortalecem a teoria da fusão. A "Hipótese de Theia" não é nova. Ela foi proposta na década de 1970 pelos teóricos Edward Belbruno e Richard Gott, da universidade de Princeton e começa com a popular teoria de impacto para provar a origem da Lua.
De início se pensou que a Lua era uma parte de Theia, mas a análise química das rochas trazidas pelas missões Apollo acabou com essa ideia. Rocha Lunar trazida pela missão Apollo 17 Muitos astrônomos sustentam que nos anos iniciais da formação do Sistema Solar, um protoplaneta do tamanho de Marte tenha se chocado com a Terra. O material resultante da colisão, uma mistura de ambos os corpos, foi arremessado para fora da órbita da Terra e se aglutinado, dando origem ao nosso satélite. Esse cenário explica muitos aspectos da geologia lunar, incluindo o tamanho e densidade do núcleo e a composição isotópica das rochas.
"Praticamente todo o material de Theia se misturou na Terra e na Lua, com alguns remanescentes dispersados no caminho. Isso explica porque não encontramos até agora qualquer vestígio de Theia e porque as assinaturas químicas dos materiais são iguais", concluiu Young. No entender do pesquisador, na ocasião do impacto Theia era um protoplaneta, estava em formação, e se tivesse sobrevivido ao impacto, estaria orbitando Sistema Solar.
Em 2014, outra equipe de cientistas alemães publicou na revista Science que a Lua tinha sua uma relação única de isótopos, o que colocaria em xeque o trabalho de Young, mas o pesquisador disse que são estudos diferentes e não estão relacionados. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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