Segunda-feira, 12 ago 2013 - 10h57
Por Rogério Leite
O Sol anda em baixa e não há previsão de fim do mundo. Os terremotos estão sem força. Os furacões, em plena temporada no Atlântico Norte, ainda não mostraram sua força em 2013. Será que a Terra está passando por algum momento de calmaria ou está só dando um tempo pra se recuperar?
Clique para ampliar Há dois anos, uma simples olhada no mapa do Painel Global já era motivo de preocupação. Os terremotos aconteciam a todo instante e sismos de grande magnitude eram registrados no Chile, Haiti e Japão. As ondas gigantes provocadas pelos fortes terremotos eram um risco real e quase todo mundo perguntava se os sismos estavam aumentando. O tempo foi passando. Os terremotos diminuíram e o temor de que os abalos estavam se multiplicando foi praticamente deixado de lado. Afinal, o ano de 2012 estava chegando e muita gente passou a prestar mais atenção na famosa Profecia Maia. Afinal, caso ela se confirmasse seria o fim do nosso planeta.
Entre outras coisas, a profecia afirmava que em dezembro de 2012 deveria acontecer o famoso "alinhamento galáctico", a aproximação do imaginário planeta Nibiru e a inversão dos polos magnéticos da Terra, além das grandes tempestades solares capazes de extinguir toda a vida no planeta azul. O mundo estava a mil e tudo poderia acontecer. Quem não se lembra disso? Entretanto, as coisas nem sempre acontecem do jeito previsto ou imaginado. Dezembro de 2012 chegou e "Nibiru" não veio. Os polos magnéticos também não se inverteram, o mundo não acabou e os terremotos de grande magnitude pararam como em um passe de mágica, ficando dentro da média centenária. Mas 2013 também prometia. O ápice do Ciclo Solar 24 deveria acontecer na metade do ano e caso as tempestades solares previstas fossem mesmo "das grandes", eventos como o famoso Halloween Storm seriam café pequeno, com possíveis apagões elétricos espalhados pelo mundo. Além disso, a possibilidade do cometa C/2012 S1 ISON se tornar tão brilhante quanto à Lua Cheia em novembro dava ao ano de 2013 uma espécie de aura mágica, diferente, mas sem tantos eventos cataclísmicos significativos. Clique para ampliar
De todos os eventos mencionados, os únicos que apresentam padrões conhecidos e bastante estudados são os de origem atmosférica. Mesmo que algumas vezes as previsões do tempo ou tendências de longo prazo não se verifiquem, ainda assim a quantidade de acertos é bastante grande e pode-se dizer que as previsões atmosféricas são bastante confiáveis.
Baseado nisso, a falta de terremotos significativos nos últimos meses pode ser interpretado como um acúmulo de energia nas regiões de interface entre as placas, que pode ser liberada aos poucos através de pequenos sismos ou então de uma única vez, por meio de um terremoto de grandes proporções. Por isso não é de se estranhar se ocorrer um tremor de grande magnitude nos próximos meses. O acaso é a marca registrada desses eventos.
O problema é que apesar dos ciclos solares serem conhecidos e se mostrarem bastante padronizados, a fraca atividade da estrela observada nos últimos anos não estava prevista. Esperava-se um máximo solar muito mais ativo, com mais explosões, flares e ventos mais intensos. Não se sabe exatamente porque isso não aconteceu até agora, apesar de que até o final do ano as coisas podem se inverter. Como vimos, a aparente calma atual no nosso planeta não é uma condição estável. Com exceção dos eventos previsíveis de natureza climática, ocorrências naturais de grandes proporções podem acontecer a qualquer momento sem que haja algum padrão claro que indique sua chegada. Ainda temos muito a aprender.
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