Segunda-feira, 1 set 2014 - 11h19
Por Rogério Leite
Vale da Morte: Cientistas desvendam mistério das pedras que andam
Há mais de meio século, um fenômeno intrigante chamou a atenção dos pesquisadores. Eles queriam entender o que estava por trás de algumas pedras que "andavam" sozinhas sobre o Vale da Morte. E o mistério chegou ao fim.
![]() Clique para ampliar Por vários anos, rochas aparentemente normais pareciam se movimentar sobre o deserto de Mojave, na Califórnia. Algumas pedras pesavam mais 300 kg e invariavelmente deixavam rastros como se alguém as tivesse empurrado ou mudado de posição. O interessante é que desde que começaram a ser estudadas, a partir da década de 1940, ninguém jamais as viu se movimentarem. Apenas seus rastros eram observados.
Isso fez com que muitas teorias fossem propostas, incluindo algumas bastante incomuns e exóticas, que atribuíam o movimento das peras a campos energéticos obscuros, magnetismo terrestre e até mesmo aos extraterrestres.
![]() Clique para ampliar De acordo com os pesquisadores Richard Norris e James Norris, o movimento das pedras inicia quando a chuva, extremamente rara na região, forma uma película de água sobre o terreno seco, criando uma espécie de lago superficial. À noite essa água se congela e dá origem a uma chapa de gelo com três a seis milímetros de espessura, na qual as bases das pedras ficam presas. No dia seguinte, com o nascer do Sol esse gelo se parte, criando diversas placas que se deslocam pela ação dos ventos. Dessa forma, as rochas que estavam aparentemente fixas no solo, passam a se movimentar sobre o barro do deserto a uma velocidade de pode chegar a cinco metros por minuto, o que dá origem aos rastros. As trajetórias dependem basicamente da velocidade e direção do vento e da água que se encontra abaixo das placas. De acordo com Richard, o fenômeno é difícil de ser observado pois quase não chove no Vale da Morte e as temperaturas médias são muito elevadas. ![]() Clique para ampliar Por sorte, quando Richard e James presenciaram o fenômeno havia chovido bastante na região e até nevado em algumas localidades. Para o coautor do estudo, Ralph Lorenz, cientista ligado ao Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins , o movimento é muito difícil de ser percebido. "As pedras estão em uma área remota, de difícil acesso e protegida, onde não se pode acampar, além de haver muitas restrições do que as equipes podem levar para lá", disse. "A maioria dos deslocamentos das pedras ocorre quando está frio, chovendo e ventando, o que dificulta ainda mais o registro".
LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2023
"A origem da ação é a falta de fantasia; é a última saída para aqueles que não sabem sonhar." - Oscar Wilde -