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Terça-feira, 13 nov 2007 - 09h56

Estilingada no espaço!

Por diversas vezes, o Apolo11 publicou matérias sobre um importante procedimento feito pelas sondas espaciais que se dirigem a outros planetas. Com o objetivo de adquirir maior velocidade em direção ao seu alvo, as naves aproveitam a forte atração gravitacional de outros corpos para serem literalmente catapultadas em direção a outro mais distante.

A primeira nave a usar este procedimento foi a Mariner 10, que em 1974 aproveitou a atração gravitacional de Vênus para ser arremessada com maior velocidade em direção a Mercúrio. Outra nave que se aproveitou essa possibilidade foi a sonda Cassini. Para chegar a Saturno, a nave passou duas vezes por Vênus. Depois passou pela Terra onde recebeu outro empurrão em direção a Júpiter, que novamente a impulsionou em direção aos anéis de Saturno. A cada passagem, adquiria maior velocidade.

Hoje à noite, nosso planeta vai dar mais uma mãozinha na exploração espacial. Exatamente às 18h57 pelo horário de Brasília, a sonda européia Rosetta atingirá o ponto de menor distância da terra e aproveitando nossa atração gravitacional será novamente arremessada ao espaço a uma velocidade de 45 mil quilômetros por hora, ou 12.5 quilômetros por segundo. Esse impulso extra irá arremessar a sonda em direção ao asteróide Steins, que deverá ser alcançado em no dia 5 de setembro de 2008.

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Segundo a Agência Espacial Européia, ESA, controladora da sonda, o ponto de maior aproximação será a oeste do Chile, sobre as coordenadas 63° 46’ S e 74° 35’ W.

Essa não é a primeira vez, nem será a última, que a Terra ajuda a sonda Rosetta a ganhar velocidade. A primeira vez foi em 4 de março de 2005, quando nosso planeta estilingou a sonda em direção a Marte, que a mandou de volta em 25 de fevereiro de 2007. Em novembro de 2009 a sonda irá novamente passar por aqui e ganhará mais impulso e novo rumo, desta vez em direção ao asteróide Lutetia.


Asteróides e cometas
Após o estudo de Lutetia e Steins, situados na região conhecida como "cinturão de asteróides", localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, a sonda se dirigirá ao cometa Churyumov-Gerasimenko, do qual deverá ser aproximar em 2014.

O motivo dos pesquisadores terem escolhido esses asteróides, entre os milhares que orbitam no cinturão, é que ambos têm características bem diferentes. Enquanto Steins é relativamente pequeno, com alguns quilômetros de diâmetro, Lutétia é um objeto bem maior, com aproximadamente 100 quilômetros.

A missão da sonda é coletar um volume maior de dados sobre os asteróides e cometas, que de acordo com os cientistas, contém importantes informações sobre a origem e formação do Sistema Solar.


O cometa

Ao se aproximar da órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko em 2014, a sonda irá liberar um pequeno explorador de 100 quilos, que deverá pousar na superfície gelada do núcleo do cometa e estudá-lo de maneira profunda. Segundo os responsáveis pelo projeto, esta é a mais complexa exploração de um cometa jamais vista.

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tem um núcleo de 4 quilômetros de largura e orbita o Sol a cada 6.6 anos. Em seu afélio, ponto de maior afastamento do Sol, sua distância chega a atingir 857 milhões de quilômetros, enquanto seu periélio, menor distância da estrela, é de 186 milhões de quilômetros, um pouco maior que a distância da Terra ao Sol. O cometa foi descoberto em 1969 por Konstantin Churyumov, da Universidade de Kiev, na Ucrânia e seu colega S. Gerasimenko, do Instituto de Astrofísica do Tadjiquistão.

Uma vez liberada a sonda, a nave Rosetta passará dois anos orbitando o cometa, que retorna em direção ao Sol, ao mesmo tempo que recebe dados enviados de sua superfície. A missão iniciada em 2 de março de 2004 termina em dezembro de 2015, após a nave passar novamente próximo à Terra e ter completado 4 mil dias no espaço.

Fotos: No topo da página vemos a representação esquemática do impulso gravitacional produzido pela Terra. Nas ilustrações temos dois momentos que deverão acontecer quando Rosetta se aproximar do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Na cena maior o momento da liberação da sonda que deverá pousar em sua superfície gelada e na seqüência a sonda já na superície.

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