De acordo com Randy Broiles, diretor de planejamento global da companhia, esse número viria principalmente de países em desenvolvimento, com economias em rápida expansão, o que levaria a um aumento da queima de combustíveis como petróleo e carvão mineral.

Em contrapartida, o Protocolo de Kyoto prevê que os países desenvolvidos reduzam em média 5,2% as emissões de gases-estufa entre 2008 e 2012, em relação aos índices registrados em 1990.

Demanda em alta

Ao mesmo tempo, a demanda mundial por energia tende a subir 40% conforme a população aumenta e as economias crescem. "Entre hoje e 2020 estimamos uma alta de cerca de 3,5 bilhões de toneladas por ano na emissão de carbono", afirmou Broiles durante uma conferência sobre energia.

O executivo da Exxon explicou que aproximadamente 7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono são liberadas na atmosfera terrestre a cada ano por indústrias, carros e outras fontes.

Estudos indicam que os Estados Unidos, a maior economia do mundo e detentor de apenas 4% da população mundial, é responsável atualmente pela emissão de 25% de todos os gases-estufa que chegam à atmosfera.

Vilões de quatro rodas

Broiles também afirmou que o aumento no número de carros também vai ajudar no aumento da emissão de gases-estufa. Segundo ele, atualmente existem 15 carros para cada mil habitantes do planeta, número que deve chegar a 50 por mil em 2020.

Segundo estimativas da Exxon, embora a eficiência da energia venha crescendo em média 1% ao ano com as inovações tecnológicas, a humanidade continuará dependendo de combustíveis fósseis nas próximas décadas.

"As reservas de petróleo são grandes, e esperamos suprir a demanda mundial bem além de 2020", disse Broiles.

Agência Folha / agências internacionais