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Rio de Janeiro começa a produzir energia eólica em 2006
São Paulo, 12 de Março de 2004
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Quatro empresas - Seawest, Gamesa, SIIF (do grupo EDF, controlador da Light) e Novaenergia - estão interessadas em investir na produção de energia eólica, isto é, a partir dos ventos, no estado do Rio de Janeiro, considerado de maior potencial na região Sudeste.

Elas já têm licenciamento ambiental de áreas requerido e aguardam só a entrada em vigor do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), do governo federal, para ver se serão atendidas.

A informação foi dada nesta quarta-feira (10) na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, pelo superintendente de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Luiz Antonio de Almeida Silva.

O Proinfa contempla a produção de energia a partir da biomassa, da geração eólica e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), prevendo produção de 3,3 mil MW no total, sendo 1,1 mil MW cada modalidade. Os primeiros contratos devem ser assinados no dia 26 de abril, com as primeiras usinas iniciando produção em dezembro de 2006, disse Almeida.

O superintendente declarou que os avanços do Brasil como um todo na geração de energia eólica dependerão do sucesso do Proinfa. O país gera hoje apenas 22 MW de energia dos ventos, participando com uma fatia mínima dos 7 mil MW implementados no mundo em 2002, dos quais 6 mil MW na Europa. No mundo todo, ainda em 2002, o registro é de 32 mil MW de energia eólica, sendo 1/3 na Alemanha e 1/3 distribuído entre Espanha e Estados Unidos.

Almeida destacou a existência de grande potencial para geração de energia eólica no resto do mundo, incluindo o Brasil, tendo em vista que a partir de 2006 não deverá haver muito espaço para outras instalações nos países desenvolvidos. A previsão é de que até 2010 a geração desse tipo de energia alcançará cerca de 120 mil MW.

Dependendo da situação dos ventos, o custo de implantação de uma usina eólica ainda é elevado, variando entre US$ 35,00 a US$120,00 por MW/hora, mas Almeida informou que a tendência é de redução. De acordo com o Atlas Eólico elaborado para o governo fluminense pela empresa especializada Camargo Schubert, as regiões mais promissoras no estado nessa área são Arraial do Cabo, São José de Itabapoana e São Pedro da Aldeia, no litoral, e Vassouras, na região serrana, com maior potencial de produção concentrado em termos sazonais na primavera e melhores condições de vento a partir das 17 horas.

Para estimular os investimentos no estado, o governo criou lei que simplifica a apresentação de estudos ambientais, isentando também de ICMS a aquisição de equipamentos. Luiz Almeida listou entre as principais vantagens oferecidas pela geração eólica de energia a produção de empregos na fabricação, operação e manutenção das usinas, a não interferência com as demais atividades da região, como agricultura e pecuária, e a convivência com outras formas de energia.

A energia eólica que será produzida pelo Proinfa será injetada no sistema interligado, entrando no consumo, informou Almeida. Ele frisou ainda as características especiais que tornam o Rio interessante para investimentos por parte do setor privado, como a proximidade dos centros consumidores, que já são alimentados por linhas de transmissão, o que demanda poucos recursos, ao contrário do Nordeste, onde o potencial eólico é de 75 mil MW, mas as comunidades se acham isoladas.







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