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Pesquisadores criam modelo para reduzir vazamentos nas redes de água
São Paulo, 31 de Março de 2004
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As companhias de abastecimento de água poderão adotar, a partir de agora, modelos para controlar a pressão em redes de abastecimento urbano e minimizar o índice de vazamentos. Na EESC - Escola de Engenharia de São Carlos da USP - Universidade de São Paulo, pesquisadores realizaram simulações em computador, com base em dados colhidos em redes reais, que comprovam a eficiência destas fórmulas.

Segundo a professora Luisa Fernanda Ribeiro Reis, que integra o GEASD - Grupo de Estudos Avançados em Sistemas de Distribuição de Águas da EESC, o controle da pressão da água nas redes urbanas diminui o índice de vazamentos. "Apesar da redução, é necessário obter um nível de pressão que garanta o abastecimento satisfatório da população", afirma. "As empresas de abastecimento precisam ter modelos adequados, que reproduzam fielmente o comportamento das redes, para exercer seu controle de maneira mais efetiva."

Os modelos desenvolvidos na EESC calculam a pressão da água levando em conta os vazamentos e a demanda variável com a pressão nas redes de abastecimento. "Simulações computacionais com dados coletados em redes de água reais sugerem redução considerável de vazamentos com a instalação de válvulas redutoras de pressão em pontos mais adequados da rede", diz. "Os modelos matemáticos de simulação hidráulica existentes não consideram os vazamentos e a demanda, por isso são menos realistas", diz.

Controle - De acordo com Luisa Fernanda Reis, o tempo de implantação dos cálculos criados na EESC dependem do tamanho da rede de abastecimento e do levantamento setorizado do consumo de água e dos vazamentos. A professora observa que não é possível falar em "vazamento zero", o que tornaria o sistema anti-econômico para as companhias de água. "Não existe rede estanque, todas vazam", aponta. "Entretanto, do ponto de vista da sustentabilidade dos recursos hídricos, é inadmissível que cerca de 40% da água bombeada e tratada se perca no sistema de distribuição."

A pesquisadora observa que a ocorrência de vazamentos também está relacionada à idade das redes de abastecimento, o material utilizado, o padrão de assentamento e a qualidade da manutenção das tubulações. "Existe o problema do vazamento distribuído, verificado nas juntas que ligam as redes adutoras de água aos ramais prediais", afirma. "Desse modo, é necessário calibrar os modelos hidráulicos dos sistemas de distribuição para permitir a avaliação das perdas de água. Assim, é possível se exercer um controle operacional sobre as redes de abastecimento urbano."

Luisa Reis aponta que uma das maiores dificuldades para se implantar programas de controle dos vazamentos é a descontinuidade administrativa nas companhias de água. "Na maioria dos casos, os projetos são descartados quando há mudança administrativa ou não chegam a ser implantados", diz. "A questão dos vazamentos só deverá se tornar prioritária quando as empresas de abastecimento tiverem de pagar pelo uso da água dos mananciais." A professora também coordena ensaios em circuito de rede montado em laboratório de hidráulica, com o auxílio da Finep e CNPq.

Redação Apolo11





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