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Cientistas estudam aumento da acidez dos oceanos
São Paulo, 19 de agosto de 2004
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A Sociedade Real da Grã-Bretanha lançou uma investigação sobre o aumento da acidez dos oceanos, decorrente da poluição das águas com dióxido de carbono. A alteração ambiental resultante poderia trazer consequências catastróficas à vida marinha.

Os oceanos absorvem dióxido de carbono da atmosfera, o que reduz o pH da água. Esse processo pode ser acelerado com a queima de combustíveis fósseis e o aumento dos índices de gás carbônico no ar.

Os cientistas que participam da pesquisa sobre o tema devem publicar um relatório sobre o fenômeno até o início de 2005.


Impacto

A Sociedade Real, como é chamada a academia nacional de ciências britânica, vai avaliar o potencial impacto para a vida no mar desse aumento da acidez oceânica.

Com o aumento da concentração de dióxido de carbono do ar, grande parte do gás acaba absorvida pela água do mar, com a qual reage para formar ácido carbônico.

A Comissão Intergovernamental Oceanográfica afirma que entre 20 milhões e 25 milhões de toneladas de dióxido de carbono são adicionadas aos oceanos todos os dias.

Pesquisadores acreditam que mudanças tão dramáticas no sistema de dióxido de carbono nas águas da superfície não ocorreram por mais de 20 milhões de anos.

Alguns especialistas antecipam que, se a tendência se mantiver, o pH dos oceanos poderia cair em até 0,4 ponto até o ano 2100.

"O problema com a acidificação é que ela está acontecendo ao mesmo tempo em que os oceanos vêm se aquecendo. Os organismo precisam então lidar com duas grandes mudanças", disse Carol Turley, do Laboratório Marinho de Plymouth.

Os cientistas temem que essa crescente acidificação poderia prejudicar particularmente os corais e as espécies com conchas duras.

O aumento da acidez reduz a quantidade de carbonato de cálcio na água, substância utilizada pelos organismos para produzir seus esqueletos.

Os animais mais jovens, ainda em desenvolvimento, poderiam ser os mais afetados pelas mudanças.

A acidificação poderia também afetar o crescimento e as taxas de reprodução de peixes, assim como os plânctons que servem aos peixes como alimento.

Além disso, a concentração de nutrientes nas águas de superfície nas regiões de alta latitude poderia cair, águas mais profundas poderiam ter menos oxigênio e o fitoplâncton poderia ser exposto a mais luz solar.

Tudo isso afetaria muitas espécies marinhas e mudaria a composição de ecossistemas de forma ainda imprevisível.

"A mesma poluição que acreditamos estar aquecendo os oceanos por meio do aquecimento global também está alterando o seu equilíbrio químico", disse John Raven, diretor do grupo de trabalho da Sociedade Real.

BBC





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